EUA: TARIFA MENOR AO BRASIL PODE AMPLIAR EXPORTAÇÃO DE SC, AVALIA FIESC

(Foto The White House)

Taxação maior a concorrentes da indústria brasileira abre oportunidade de vender mais aos Estados Unidos e, com tendência de retaliações aos norte-americanos, também a outros mercados; a tributação adicional também pode destravar o acordo Mercosul – União Europeia O enquadramento do Brasil no menor nível (10%) das novas tarifas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos nesta quarta-feira (2), abre oportunidade para que Santa Catarina amplie seus embarques tanto aos Estados Unidos quanto a outros mercados, que hoje importam produtos norte-americanos, avalia a Federação das Indústrias de SC (FIESC). “A análise inicial do pacote tarifário do presidente Trump é de que Santa Catarina poderá ampliar embarques aos Estados Unidos, já que concorrentes da nossa indústria no mercado internacional passarão a pagar taxas maiores para entrar no mercado norte-americano”, diz o presidente da Federação, Mario Cezar de Aguiar. “Ao mesmo tempo, o cenário encaminha-se para uma guerra tarifária, com retaliação pelos países mais afetados pelas novas taxas, como os asiáticos – em especial a China – e os europeus. Com isso, os produtos brasileiros passam a ser mais competitivos que os norte-americanos nesses mercados, gerando uma oportunidade complementar ao Brasil”, acrescenta Aguiar, lembrando também que a tributação adicional tende a destravar a aprovação final do acordo Mercosul – União Europeia. Para aproveitar essa conjuntura, é fundamental negociar. “O governo brasileiro deve estabelecer os canais necessários com o dos Estados Unidos para defender os interesses do País e, em paralelo, o setor privado brasileiro deve fortalecer a interlocução com seus clientes”, afirma o presidente da FIESC. Apesar de um primeiro impacto positivo, será necessário acompanhar e se adaptar às mudanças de cenário, já que as medidas pressionam a inflação norte-americana, e tendem a sofrer ajustes, à medida que os impactos práticos forem sentidos pelos mercados ao redor do mundo. A tarifa adicional de 10% anunciada pelos Estados Unidos afetará todos os países e entrará em vigor no dia 5 de abril. Foram anunciadas também tarifas mais altas para países com os maiores déficits comerciais com os EUA, como China (34%), União Europeia (20%) e Japão (24%), a partir de 9 de abril. No caso de aço, alumínio, e veículos e autopeças, prevalecerá a tarifa de 25%, anunciada recentemente. Os Estados Unidos são o segundo parceiro comercial do Brasil e o principal destino das exportações catarinenses. No ano passado, o estado embarcou para lá US$ 1,74 bilhão, na sua maioria itens manufaturados, como produtos de madeira, motores elétricos, partes de motor e cerâmica. Negócios que geram empregosO país é o principal destino das exportações brasileiras da indústria de transformação, especialmente de produtos de maior intensidade tecnológica, além de liderar o comércio de serviços e os investimentos bilaterais. Somente em 2024, a indústria de transformação brasileira exportou US$ 31,6 bilhões em produtos para os EUA. Nesse ano, a cada R$ 1 bilhão exportado para os EUA, foram criados 24,3 mil empregos, R$ 531,8 milhões em massa salarial e R$ 3,6 bilhões em produção, conforme a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Com objetivo de estreitar laços e buscar soluções de interesse comum com os EUA, a CNI levará um grupo de empresários brasileiros ao país na primeira quinzena de maio. A expectativa é que a comitiva se reúna com representantes da indústria e do governo norte-americano para discutir agendas de facilitação de comércio e abertura de mercados de forma equilibrada. Raio-x das relações econômicas– Tarifa de importação real aplicada pelo Brasil aos EUA: a tarifa média efetivamente aplicada aos produtos dos EUA exportados para o Brasil foi de apenas 2,7% em 2023, um percentual significativamente inferior à média da tarifa nominal brasileira, que é de 11,2%, conforme consolidado da OMC.– Superávit no comércio de bens: na última década, os Estados Unidos nunca registraram um déficit comercial com o Brasil. O superávit acumulado no comércio de bens a favor dos EUA nos últimos dez anos alcançou US$ 91,6 bilhões;– O Brasil se destaca como um dos poucos países entre as principais economias com os quais os EUA mantêm um superávit persistente no comércio de bens, contrastando com o déficit geral que o país norte-americano registra no comércio de bens com outros parceiros comerciais. === Com informações: Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas/FISC Foto: Divulgação / The White House

ECONOMIA DE SANTA CATARINA CRESCE 5,7% EM 2024 E LIDERA ALTA NO PAÍS

Indicador de atividade econômica do Banco Central funciona como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Média brasileira foi de 3,8% A economia de Santa Catarina cresceu 5,7% em 2024 na comparação com o ano anterior, percentual que coloca o estado com o maior crescimento do país no ranking nacional. O desempenho positivo catarinense é puxado principalmente pelo setor industrial e também pelos bons resultados dos setores do comércio e serviços. O dado é calculado pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBCR) e funciona como uma estimativa do Produto Interno Bruto (PIB).  O percentual catarinense de 5,7% ficou bem acima da média nacional, que somou 3,8% no mesmo período. Santa Catarina tem o melhor desempenho entre os 13 estados pesquisados pelo Banco Central. Em segundo lugar ficou o Pará, com 5,6% de elevação. Ceará (5,4%), Amazonas (4,9%), e Pernambuco (4,7%) aparecem na sequência. O Banco Central avalia apenas um grupo específico de estados (veja a lista completa abaixo). “O crescimento da economia de Santa Catarina tá ligado à nossa alta competitividade, à nossa produção diversificada da indústria, mas também ao turismo, ao agronegócio e à logística. Santa Catarina é um exemplo para o país em atração de investimentos, na geração de empregos e se destaca com a melhor segurança pública do país. Isso atrai cada vez mais empresas e pessoas, fazendo a nossa economia girar”, destacou o governador Jorginho Mello. O secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck, atribui o resultado positivo ao bom ambiente de negócios em Santa Catarina. “O Governo do Estado tem feito um trabalho fundamental de atração de investimentos e incentivo ao empreendedorismo. Programas como o Prodec e o Pró-Emprego, por exemplo, garantiram mais de R$ 20 bilhões em investimentos privados desde 2023. A abertura de empresas bateu recorde, com 250 mil novos CNPJs no ano passado. E o mais importante: geração de emprego. Assim, a taxa de desemprego é a menor em 10 anos, de apenas 2,7%”, ressalta. Para o secretário do Planejamento, Edgard Usuy, os números mostram a diversidade da economia catarinense, onde todos os setores contribuem positivamente para o resultado. “Todos os setores crescem de maneira positiva e quando um não cresce tanto, os outros compensam. Então temos esse modelo de economia diversificada, um empreendedor que levanta e faz acontecer, e as políticas pública e ações do Estado para austeridade com o gasto público e estímulo ao empreendedor”, destaca Usuy, Atividade econômica da região Sul cresceu 4,1% em 2024 O Banco Central também divulga o índice de atividade econômica por região do país. O Sul acumulou uma alta de 4,1% em 2024, portanto ficando atrás apenas da região Norte, que registrou elevação de 4,8%. A região Nordeste, conforme o BC, foi a terceira que mais cresceu, com 4%. O Sudeste (3,1%) bem como o Centro-Oeste (2,8%) também acumularam variação positiva. === Com informações: ASCOM | SICOS-SC Foto: Ricardo Wolffenbuttel/Arquivo/Secom-SC

SANTA CATARINA INICIA 2025 COM ALTA DE 44% NA ABERTURA DE EMPRESAS

Foto: Ricardo Trida/Arquivo/Secom

Jucesc registrou aumento da participação de jovens entre 21 e 30 anos no quadro societário das novas empresas Santa Catarina começou 2025 com um desempenho notável na abertura de novas empresas. Conforme dados da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc), o primeiro mês do ano registrou a abertura de 31.970 novos negócios, um crescimento de 44,1% em relação a janeiro de 2024, quando 22.183 empresas foram abertas. Assim, o aumento expressivo reforça a evolução contínua do ambiente empreendedor no estado, impulsionado por inovações e incentivos ao setor empresarial. Outro dado relevante deste início de ano é a faixa etária dos novos sócios. Enquanto os últimos meses de 2024 apresentavam um número maior em outra faixa etária, em janeiro de 2025 a maioria dos novos empresários está entre 21 e 30 anos, totalizando 12.948 registros. O secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck, atribui o resultado sobretudo à economia aquecida de Santa Catarina. “A nossa economia cresce 5,6%, portanto acima da média nacional, e isso impulsiona o ambiente de negócios. Além disso, há uma série de benefícios para aquele empreendedor que formaliza sua empresa, seja como MEI ou microempresa. Com o CNPJ em mãos, ele tem acesso a diversos programas do governo do estado, como o Juro Zero e o Pronampe, por exemplo, e isso aumenta a competitividade”, afirma. Setores em destaque em janeiro Entre os negócios abertos em janeiro de 2025, os principais setores foram: ● Comércio varejista e atacadista, reparação de veículos automotores e motocicletas – 5.510 empresas ● Transporte, armazenagem e correio – 4.882 empresas ● Atividades administrativas e serviços complementares – 3.232 empresas ● Indústrias de transformação – 3.137 empresas ● Construção civil – 2.832 empresas Esses números refletem a diversidade econômica do estado, com crescimento relevante em setores como comércio, logística, bem como construção civil, consolidando Santa Catarina como um polo dinâmico para novos negócios. “A Junta Comercial de Santa Catarina, em parceria com outros órgãos do Governo do Estado, tem atuado para desburocratizar o ambiente de negócios. Iniciativas como o SC Bem Mais Simples e o Simplifica SC são fundamentais para garantir que o empreendedor tenha mais liberdade para produzir, trabalhar bem como gerar empregos”, disse o presidente da Jucesc, Fernando Baldissera. Saldo de empresas foi positivo em mais de 60% Em janeiro de 2024, foram 22.183 empresas criadas e 11.348 empresas extintas. Ou seja, saldo positivo de 10.835. Já em janeiro de 2025, Santa Catarina criou 31.970 empresas, com 14.233 empresas extintas, e saldo positivo de 17.737 CNPJs. A elevação do saldo é de 63,7%. Balanço Janeiro de 2024: 22.183 novas empresas (16.965 é MEI) / 29.989 sócias mulheres / 9.415 é da faixa etária de 21 a 30 anos Janeiro de 2025: 31.970 novas empresas (25.838 é MEI) / 39.775 sócias mulheres / 12.948 é da faixa etária de 21 a 30 anos === Com informações: Assessoria de Comunicação Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviço/SC Foto: Ricardo Trida/Arquivo/Secom/SC

TARIFA SOCIAL ALCANÇA MAIS DE R$ 6 BILHÕES EM DESCONTOS EM 2024. SAIBA COMO FUNCIONA

Programa beneficia 17,4 milhões de famílias em todo o país. Em dezembro, o desconto médio concedido por família foi de R$ 32,25 O programa Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), que dá descontos na conta de luz, movimentou R$ 6,4 bilhões em abatimentos nas faturas de consumidores de baixa renda em 2024. O benefício alcançou 17,4 milhões de famílias em todo o Brasil. Em dezembro, o desconto médio concedido por família foi de R$ 32,25. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em parceria com as distribuidoras de energia elétrica e o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), trabalha continuamente para ampliar o acesso ao benefício e garantir que mais famílias elegíveis sejam incluídas automaticamente no programa. Ao longo do ano de 2024, houve um acréscimo de 2% no número de famílias beneficiadas. Isso significa que mais 342 mil famílias de baixa renda passaram a usufruir do benefício da Tarifa Social, garantindo assim desconto em sua fatura de energia elétrica. O desconto automático está previsto por lei e é realizado pelo número de CPF, entretanto, existem famílias que acabam não sendo identificadas para receber o benefício por apresentarem uma ou mais das seguintes características: – Nenhum dos integrantes da família com CPF informado no Cadastro Único é titular da fatura de energia. Estima-se que algumas dessas famílias moram em regime de aluguel e o boleto de energia elétrica está no nome do proprietário ou do antigo morador; – O CPF da pessoa da família que é titular da fatura de energia elétrica está informado incorretamente no CadÚnico ou na distribuidora; – A família está com endereço desatualizado no CadÚnico; – A família possui fornecimento de energia elétrica de forma irregular no domicílio (ex. “gato”); – A família não possui energia elétrica no domicílio. Esforços Em 2024, a Aneel aprovou uma resolução que estabelece que a padronização nacional do número de identificação da unidade consumidora. Essa padronização tem, dentre outras, a finalidade de facilitar a identificação das famílias de baixa renda que ainda não são beneficiadas e cadastrá-las de forma automática para recebimento dos descontos da Tarifa Social. O que é? A Tarifa Social é um desconto na conta de luz para famílias de baixa renda, que pode chegar a até 65% para a maioria das famílias e até 100% para famílias indígenas ou quilombolas. O benefício é destinado a quem possui um consumo mensal de até 220 kilowatts/hora (kWh). No caso de famílias indígenas ou quilombolas, o desconto de 100% é aplicado para um consumo de até 50 kilowatts/hora (kWh). A Tarifa Social é custeada pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A distribuidora é ressarcida na exata medida do benefício concedido. Requisitos para receber a Tarifa Social Para ter direito ao benefício da Tarifa Social, é preciso atender a um dos seguintes requisitos: – Família inscrita no Cadastro Único (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário-mínimo nacional; ou – Idosos com 65 anos ou mais ou pessoas com deficiência, que recebam o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC; ou – Família inscrita no Cadastro Único com renda mensal de até três salários-mínimos, que tenha portador de doença ou deficiência (física, motora, auditiva, visual, intelectual e múltipla) cujo tratamento, procedimento médico ou terapêutico requeira o uso continuado de aparelhos, equipamentos ou instrumentos que, para o seu funcionamento, demandem consumo de energia elétrica. Para mais informações sobre a Tarifa Social de Energia Elétrica, CLIQUE AQUI. === Com informações: Agência Gov | Via Aneel Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

INVESTIMENTOS DE R$ 873 MILHÕES BUSCAM EXPANDIR O GÁS NATURAL EM SANTA CATARINA ATÉ 2030

Foto: Divulgação / SCGÁS

Santa Catarina também é a 3ª maior em rede de postos de Gás Natural Veicular (GNV), com 140 postos atendidos A Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGÁS) aprovou o Plano Plurianual de Negócios (PPN) 2025-2030, documento que faz parte do planejamento estratégico e é responsável por definir as principais metas da distribuidora. O PPN prevê R$ 873,1 milhões em investimentos para expandir a infraestrutura e o consumo de gás natural no estado. Até 2030, serão interligados 52.361 novos consumidores, incluindo indústrias, postos, comércios e residências. Santa Catarina conta com mais de 1.600 km de rede de distribuição de gás natural, sendo o terceiro maior estado em extensão de rede no país. Com a adição de 575 km planejados no novo ciclo, a SCGÁS deverá ultrapassar 2.200 km de rede até 2030, reforçando sua posição de destaque no setor. Atualmente, a companhia atende 74 cidades e planeja chegar a 80 neste período, somando seis novos municípios. Outro objetivo estratégico é ampliar em 14,5% o volume de gás natural distribuído, consolidando o energético como uma solução eficiente e sustentável para o desenvolvimento econômico e socioambiental. O plano prevê ainda a conexão de 152 novas indústrias e a instalação de 12 novos postos de Gás Natural Veicular (GNV). No segmento comercial, 351 estabelecimentos devem adotar o gás canalizado, enquanto o setor residencial se destaca com a projeção de 51.846 novas residências conectadas. Entre os principais projetos para o período estão a construção de um novo Ponto de Entrega (PE) em Siderópolis, no Sul do estado, que aumentará a capacidade de fornecimento de gás natural na região. Também está previsto o início do Projeto Planalto Norte, que levará gás para novas localidades do estado com foco na interiorização do energético. Sobre a SCGÁS A SCGÁS fornece gás natural para mais de 29 mil consumidores e destaca-se como a 3ª maior distribuidora de gás canalizado do Brasil em extensão de rede e a 2ª em número de municípios e indústrias atendidas. Santa Catarina também é a 3ª maior em rede de postos de Gás Natural Veicular (GNV), com 140 postos atendidos. Os investimentos da SCGÁS reforçam o compromisso com o desenvolvimento econômico de Santa Catarina, oferecendo uma solução energética limpa, eficiente e tecnológica. === Foto: Divulgação / SCGÁS Com informações: ASCOM-SC / SCGÁS

PRÉVIA DE JANEIRO MOSTRA QUE INFLAÇÃO PERDE FORÇA NA COMPARAÇÃO COM DEZEMBRO

Conta residencial de luz: ação da estatal Itaipu puxou tarifas para baixo; conta de luz residencial ajuda a reduzir ritmo do índice A prévia da inflação ficou em 0,11% em janeiro de 2025, 0,23 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada em dezembro de 2024 (0,34%). A principal influência para a diminuição de ritmo veio da energia elétrica residencial, o maior impacto negativo no índice (-0,60 p.p.), ao recuar 15,46% em janeiro. Isso interferiu no índice do grupo Habitação, que registrou queda de -3,43%, resultado que ajudou a conter o índice no mês. Os grupos de Alimentação e bebidas registrou alta de 1,06% e impacto de 0,23 ponto percentual (p.p) no índice geral, e Transportes (1,01% e 0,21 p.p.). Em 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado hoje (24) pelo IBGE, acumula alta de 4,50%, abaixo dos 4,71% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2024, o IPCA-15 foi de 0,31%. Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram resultados positivos em janeiro. No contexto da alta de preços em Alimentação e bebidas (1,06%), a alimentação no domicílio registrou variação de 1,10% em janeiro, influenciada por aumentos do tomate (17,12%) e do café moído (7,07%). No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-14,16%) e o leite longa vida (-2,81%). A alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,23% em dezembro para 0,93% em janeiro. Tanto o lanche (0,98%) quanto a refeição (0,96%) tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior (1,26% e 1,34%, respectivamente). A outra grande contribuição em janeiro veio do grupo Transportes (1,01%), influenciado pelas passagens aéreas, que subiram 10,25% e registraram o maior impacto individual do mês: 0,08 p.p. Em combustíveis (0,67%), houve aumentos nos preços do etanol (1,56%), do óleo diesel (1,10%), do gás veicular (1,04%) e da gasolina (0,53%). Ainda em Transportes, o subitem ônibus urbano apresentou variação de 0,46%. Em Curitiba (-2,17%), a partir de 05 de janeiro, a tarifa modal aos domingos passou a custar metade do valor e, em Fortaleza (-0,45%) houve a adoção da tarifa social no dia 31/12/2024. Foram ainda apropriados os seguintes reajustes nas tarifas dos ônibus urbanos: Belo Horizonte (4,00%), devido ao reajuste de 9,52% a partir de 1º de janeiro; Rio de Janeiro (2,79%), com reajuste de 9,30% a partir de 5 de janeiro; Salvador (2,48%), com o reajuste de 7,69% a partir de 4 de janeiro; Recife (1,46%), com o reajuste de 4,87% a partir de 5 de janeiro; e São Paulo (-4,24%), com o reajuste de 13,64% a partir de 6 de janeiro. A queda registrada reflete as gratuidades concedidas a toda a população nos dias dos feriados de Natal (25/12) e Ano Novo (01/01). Houve também aumento no táxi (3,08%) no Rio de janeiro, em decorrência do reajuste de 7,83% a partir de 02/01. Em São Paulo, foram registrados aumentos de 1,00% no trem e no metrô, em razão do reajuste de 4,00% nas passagens a partir de 06 de janeiro. A variação de -1,78% na integração transporte público em São Paulo é reflexo da combinação dos reajustes citados e de gratuidades concedidas a toda população nos dias dos feriados de Natal (25/12) e Ano Novo (01/01). Bônus de Itaipu ajudou a conter o resultado geral O grupo Habitação, único resultado negativo no mês, registrou taxa de -3,43% e impacto de -0,52 p.p. no índice geral. A energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto negativo no índice (-0,60 p.p.), ao recuar 15,46% em janeiro. A queda registrada é em decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de janeiro. Quanto aos índices regionais, a maior variação foi observada em Goiânia (0,53%), por conta das altas da gasolina (5,77%) e do etanol (12,29%). Já o menor resultado ocorreu em Porto Alegre (-0,13%) em razão da queda na energia elétrica residencial (-16,84%) e da batata-inglesa (-21,62%). Mais sobre a pesquisa Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 13 de dezembro de 2024 a 14 de janeiro de 2025 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 13 de novembro a 12 de dezembro de 2024 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Veja os resultados completos no Sidra . A próxima divulgação do IPCA-15, referente a fevereiro, será em 25 do mesmo mês. === Com informações: Agência Gov | via IBGE

INDÚSTRIA DE SANTA CATARINA É A TERCEIRA QUE MAIS CRESCE NO PAÍS

Foto: Ricardo-Wolffenbuttel-SECOM-2/Arquivo

Desempenho da indústria de Santa Catarina acumula alta de 7,3% entre janeiro e novembro de 2024, mais do que o dobro da média nacional A produção industrial de Santa Catarina acumula uma elevação de 7,3% entre janeiro e novembro de 2024, tendo o terceiro maior crescimento entre os estados pesquisados e percentual maior do que o dobro da média nacional, de 3,2%. O estado catarinense ficou atrás apenas do Rio Grande do Norte, com 10,6%, e do Ceará, que soma 8,3%. Os dados pertencem à Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE nesta terça-feira, 14. Com a alta de 7,3% no acumulado de 11 meses, a indústria catarinense consolidou-se mais uma vez como destaque no cenário nacional. O percentual ficou à frente de estados como Paraná (4,2%), São Paulo (3,4%), Minas Gerais (2,9%) e Rio de Janeiro (0,9%). Entre os 17 estados pesquisados – aqueles com participação relevante no setor –, apenas o Espírito Santo (-0,8%) apresentou retração no período. O secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck, comemorou o resultado. “O setor industrial de Santa Catarina passa por um momento muito positivo. A produção está crescendo e os investimentos privados também. O Prodec, por exemplo, dobrou de tamanho em 2024. Além disso, tem a questão do emprego. A indústria gerou 43 mil vagas formais no ano passado e essas vagas são qualificadas, com salário elevado e possibilidade de evolução profissional”, afirmou. Fabricação de máquinas, produtos de madeira e têxteis puxam o crescimento da indústria de Santa Catarina  O percentual de 7,3% de crescimento entre janeiro e novembro de 2024 é resultado do avanço na indústria da transformação. Entre os segmentos, se destacam a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (16,1%), metalurgia (10%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (9,4%) bem como a fabricação de produtos de madeira (9,1%). Conforme o IBGE, outros segmentos do setor industrial também registraram elevação no período, como a fabricação de produtos de borracha e de material plástico (7,6%), de produtos químicos (6,2%) e de produtos alimentícios (4,5%). “A nossa indústria é diversificada e produz com alto valor agregado. Isso estimula o crescimento do setor a nível nacional e também internacional. Por isso as exportações estão em alta, inclusive com forte participação desses segmentos que mais cresceram ao longo de 2024. No mesmo sentido, o governo Jorginho Mello investe forte na infraestrutura de transportes bem como de energia para impulsionar a competitividade catarinense”, acrescentou Dreveck. Os dados da Federação das Indústrias de SC (Fiesc) corroboram o bom momento da indústria. Conforme o Observatório da Fiesc, o indicador que mede a perspectiva de emprego na indústria está em 53,1 pontos na escala de 0 a 100. Ou seja, indica tendência por mais contratações. Já a utilização da capacidade instalada está em 78%, o segundo maior percentual do ano, o que revela queda na ociosidade e aumento na produção. === Com informações: Agência de Notícias SECOM/SC Foto: Ricardo-Wolffenbuttel-SECOM-2/Arquivo

SENADO TRABALHA PARA VIABILIZAR O DREX, MOEDA DIGITAL BRASILEIRA

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

DREX: No nome da nova moeda, as letras “d” e “r” fazem referência ao real digital, o “e” vem de eletrônico e o “x” foi usado para trazer a ideia de conexão, associada à tecnologia utilizada. Ainda não há data prevista para o lançamento do Drex, que depende do fim da fase de testes O Drex, moeda digital brasileira, pode ser lançado em 2025. Atualmente, o projeto está na sua segunda fase piloto, com a participação de instituições do sistema financeiro, para testar as soluções de privacidade e garantir o sigilo aos usuários. No Senado, parlamentares já se movimentam para viabilizar algumas das mudanças que devem surgir com a moeda, como os contratos inteligentes. Mas, afinal, o que é o Drex? Antes chamada de real digital, a moeda ganhou o novo nome em 2023, quando foram iniciados os testes em ambiente restrito, chamados de Piloto Drex. No nome da nova moeda, as letras “d” e “r” fazem referência ao real digital, o “e” vem de eletrônico e o “x” foi usado para trazer a ideia de conexão, associada à tecnologia utilizada. Ainda não há data prevista para o lançamento do Drex, que depende do fim da fase de testes. A moeda terá o mesmo valor do real tradicional, será regulada pelo Banco Central (BC) e será emitida apenas na plataforma do Drex. A nova moeda, segundo a explicação do BC, vai permitir vários tipos de transações financeiras seguras com ativos digitais. Esses serviços financeiros inteligentes serão liquidados pelos bancos dentro da plataforma do Drex. Para ter acesso à plataforma, o cidadão precisará de um intermediário financeiro autorizado, como um banco, que fará a transferência do dinheiro depositado em conta para a carteira digital. O real digital será “tokenizado”, ou seja, será atrelado a tokens (representações digitais de um ativo) e registrado em uma rede DLT, infraestrutura tecnológica com protocolos que permitem acesso simultâneo, validação e atualização de registros em um banco de dados em rede. Esse tipo de tecnologia é equivalente à do blockchain, usada nas criptomoedas, com o agrupamento de um conjunto de informações que se conectam por meio de criptografia. Assim, transações financeiras e outras operações podem ser feitas de forma segura. Mas, se já existe o Pix e se o real impresso já é pouco usado por grande parte dos brasileiros, qual será a novidade com a criação do Drex? O coordenador da iniciativa do BC, Fabio Araújo, explicou que o Pix foi criado para democratizar o acesso a serviços de pagamento, enquanto o Drex está sendo desenvolvido para democratizar o acesso a serviços financeiros. — A diferença é que você viabiliza vários negócios que são impossíveis em outro ambiente. Quando você reduz custos e aumenta a eficiência, você viabiliza novos negócios, novos participantes, você democratiza o acesso da população. Ao fim e ao cabo é isto que o Banco Central procura fazer com a plataforma do Drex: oferecer uma plataforma de serviços financeiros que vão além dos serviços de pagamento — disse Fabio Araújo no Senado, durante audiência pública promovida em 2024. Entre os exemplos de aplicações do Drex citados por ele, em vídeo realizado pelo BC, estão investimentos, acesso a crédito e também os chamados contratos inteligentes (por exemplo: compra e venda de imóveis e automóveis). Para ele, a moeda no formato digital é a pedra fundamental de uma plataforma de pagamentos inteligentes com foco na prestação de serviços financeiros. Contratos Os contratos inteligentes já estão sendo discutidos no Senado. O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) apresentou uma emenda à PEC 65/2023 — proposta de emenda à Constituição que concede autonomia orçamentária e financeira ao Banco Central — para permitir que o BC crie e regule novos produtos financeiros, ainda que isso afete os cartórios. A intenção do senador é viabilizar os contratos inteligentes que podem ser criados com o Drex. Nesse tipo de transação, seria possível fazer trocas automáticas de recursos, coordenadas de forma algorítmica. Muitas vezes, em negócios como a compra de um carro, por exemplo, há o receio de se transferir a propriedade sem que o dinheiro tenha sido recebido, ou de pagar ao vendedor sem que a propriedade do carro tenha sido transferida. Com a nova moeda, será possível condicionar uma operação à outra, com a transferência da titularidade do bem e do valor pago por ele ocorrendo de forma simultânea. — Esperamos que, com o Drex, haja um crescimento no uso de contratos inteligentes que tragam mais segurança, agilidade e economia para diversos tipos de transações, como a compra e venda de imóveis e outros bens. O Drex também vai impulsionar novas formas de serviços financeiros, novas empresas e novos modelos de negócios — disse Oriovisto em entrevista à Agência Senado. Para ele, o Senado não pode deixar que alterações legais limitem o potencial de inovação de algo que ainda nem existe. A criação de novos produtos bancários, na visão dele, pode requerer novos modelos de registro, distintos do modelo atual — e, por isso, é preciso garantir a liberdade necessária à criação e à regulação de novos produtos bancários e financeiros. A emenda de Oriovisto foi acatada pelo relator da PEC 65/2023, senador Plínio Valério (PSDB-AM), em dezembro. A PEC está em discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Projeto Também está em análise no Senado um projeto de lei complementar, da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que regulamenta a criação, a distribuição e o uso da moeda digital (PLP 80/2023). De acordo com a senadora, a intenção da proposta é atualizar a legislação para permitir a emissão de moeda digital pelo Banco Central — que depende de autorização do Legislativo —, estabelecendo princípios para sua operação e segurança. Ao apresentar o projeto, em 2023, Soraya citou as discussões no Banco Central para a criação do Drex, que na época ainda era chamado de real digital. Para ela, as CBDCs (Central Bank Digital Currencies), moedas digitais emitidas por bancos centrais, podem ajudar na integração econômica internacional e aumentar a eficiência do sistema monetário brasileiro. Mas a senadora destacou que é preciso regular alguns aspectos sobre esse tipo de