DESEMPREGO CAI EM 18 ESTADOS E ATINGE MÍNIMA HISTÓRICA NO BRASIL

Santa Catarina tem a menor taxa do país, enquanto Pernambuco lidera o ranking de desocupação A taxa de desemprego no Brasil caiu em 18 das 27 unidades da federação no segundo trimestre de 2025 e ficou estável nas demais. A média nacional chegou a 5,8%, o menor índice desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. Pernambuco, Bahia e Distrito Federal registraram as maiores taxas, com 10,4%, 9,1% e 8,7%, respectivamente. Já Santa Catarina, Rondônia e Mato Grosso apresentaram os menores índices, com 2,2%, 2,3% e 2,8%. Segundo o IBGE, 12 estados alcançaram no período o menor nível de desemprego já registrado, incluindo Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Rio Grande do Sul. A pesquisa considera como desocupadas apenas as pessoas que procuram emprego ativamente e inclui todas as formas de ocupação. Ao todo, 211 mil domicílios em todo o país são visitados para compor os resultados trimestrais. Fonte/foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

CONTA DE LUZ TERÁ BANDEIRA TARIFÁRIA VERMELHA PATAMAR 2 EM AGOSTO

Decisão foi tomada diante do cenário de chuvas abaixo da média no país O mês de agosto terá um aumento nas contas de energia devido ao acionamento da bandeira tarifaria vermelha, no maior patamar, o 2, anunciou nesta sexta-feira (25) a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com isso, os consumidores terão custo extra de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Segundo a agência, a adoção da bandeira no patamar 2, após ter acionado o patamar 1 em junho e julho, ocorreu diante do cenário de chuvas abaixo da média em todo o país, o que reduziu a geração hidrelétrica. “O cenário de afluências abaixo da média em todo o país reduz a geração por meio de hidrelétricas. Esse quadro eleva os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais caras, como as usinas termelétricas”, disse a Aneel. Em maio, a Aneel acionou a bandeira amarela por conta do baixo volume de chuvas em razão da transição do período chuvoso para o período seco do ano. Além disso, as previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ficaram abaixo da média. Desde dezembro de 2024, a bandeira tarifária permanecia verde, por causa das condições favoráveis de geração de energia no país. Segundo a Agência, a mudança ocorreu devido à redução das chuvas, com a transição do período chuvoso para o período seco do ano. “Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, a Aneel reforça a importância da conscientização e do uso responsável da energia elétrica. A economia de energia também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo”, alertou a agência reguladora. Bandeiras tarifárias Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas residências, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias. Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos a cada 100 kWh consumidos. Na bandeira amarela, o acréscimo é de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. Já a bandeira vermelha possui dois patamares. No primeiro, a tarifa sofre acréscimo de R$ 4,463 para cada 100 kWh consumidos. No patamar 2, o valor passa para R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos. Foto: Divulgação/Agência Brasil

MORTES INTENCIONAIS CAEM 5,4% NO PAÍS EM 2024; FEMINICÍDIOS SOBEM 19%

Informação é da 19ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública A 19ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (24), mostra que o número de Mortes Violentas Intencionais (MVI) no Brasil em 2024 chegou a 44.127, quantidade 5,4% inferior ao registrado no ano anterior.  O MVI inclui vítimas de homicídio doloso (incluindo feminicídios), roubos seguidos de morte (latrocínio), lesão corporal seguida de morte, mortes decorrentes de intervenções policiais e mortes de policiais em serviço e fora do horário de trabalho.   O anuário, elaborado por pesquisadores do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), é baseado em informações fornecidas pelos governos estaduais, pelo Tesouro Nacional, pelas polícias civil, militar e federal e fontes oficiais da Segurança Pública. De acordo com a diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, os dados referentes a mortes violentas intencionais revelam que o Brasil vivencia, desde 2018, uma tendência consistente de queda no índice. “Essa trajetória positiva é reflexo de múltiplos fatores, entre eles a implementação de políticas públicas baseadas em evidências, programas de prevenção à violência, transformações demográficas e alterações nas dinâmicas do crime organizado. No entanto, persistem bolsões de extrema violência, sobretudo em cidades do Nordeste, onde disputas entre facções criminosas continuam produzindo taxas alarmantes de homicídios”, disse. >> Siga o perfil da Agência Brasil no Instagram O perfil predominante das vítimas não se alterou em relação aos anos anteriores. Em 2024, a maioria das pessoas assassinadas era constituída por homens (91,1% das ocorrências), negros (79%), pessoas de até 29 anos (48,5%), vítimas de armas de fogo (73,8%) em via pública (57,6%). Segundo o anuário, as dez cidades do país – com mais de 100 mil habitandates – mais violentas estão concentradas na região Nordeste, principalmente nos estados da Bahia, Ceará e Pernambuco.  Maranguape (CE) ocupa o topo do ranking, com taxa de 79,9 mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes, seguida por Jequié (BA), com 77,6; Juazeiro (BA), com 76,2; Camaçari (BA), com 74,8; Cabo de Santo Agostinho (PE), com 73,3; São Lourenço da Mata (PE), com 73; Simões Filho (BA), com 71,4; Caucaia (CE), com 68,7; Maracanaú (CE), com 68,5 e Feira de Santana (BA), com 65,2.  Por estados, as maiores taxas de MVI estão no Amapá (45,1), Bahia (40,6) e Ceará (37,5). As menores são de São Paulo (8,2), Santa Catarina (8,5) e Distrito Federal (8,9). No recorte por regiões, despontam o Norte (27,7) e o Nordeste (33,8) com taxas de MVI bem superiores à média nacional, enquanto o Sudeste aparece com 13,3; o Sul tem 14,6, e o Centro-Oeste figura com 19,5 mortes violentas para cada grupo de 100 mil habitantes. Violência contra as Mulheres Mesmo com a diminuição na taxa global de mortes violentas intencionais no Brasil, as estatísticas de feminicídio bateram, novamente, o recorde da série histórica, iniciada pelo anuário em 2015, com aumento de 0,7% de casos no ano de 2024 em comparação com 2023. No total, 1.492 mulheres foram assassinadas por sua condição de gênero no período, o que mantém consistente o crescimento dos últimos anos.  O perfil das ocorrências mostra que 63,6% das vítimas eram negras; 70,5% tinham entre 18 e 44 anos; oito em cada dez foram mortas por companheiros ou ex-companheiros, e 64,3% dos crimes ocorreram dentro de casa.  Segundo o levantamento, quase a totalidade das vítimas (97%) foi assassinada por homens. O estudo ainda aponta que, dentre os 18 estados que registram essa informação, cerca de 9% dos feminicídios foram seguidos de suicídio do autor. No caso das tentativas de feminicídio, as ocorrências aumentaram em 19%, com 3.870 casos. Outras condutas criminosas contra as mulheres também cresceram em 2024, como stalking (18,2%) e violência psicológica (6,3%). Violência contra crianças e adolescentes Apesar da redução na taxa global de mortes violentas intencionais no Brasil, a violência contra crianças e adolescentes também continuou crescendo. As taxas de mortes violentas intencionais tiveram aumento de 3,7% no grupo de zero a 17 anos, com 2.356 vítimas no total.  Também houve crescimento de 14,1% dos crimes relacionados à produção de material de abuso sexual infantil; de 9,4% de ocorrências de abandono de incapaz; de 8,1% da prática de maus-tratos; e de 7,8% nas taxas de agressão decorrente de violência doméstica. Crimes Sexuais Entre os 11 indicadores relacionados à violência sexual monitorados nesta edição do anuário, sete apresentaram crescimento nas taxas de registro em relação a 2023: estupro (ambos os sexos), estupro de vulnerável (ambos os sexos), estupro total (incluindo o estupro de vulnerável) (ambos os sexos), estupro de mulheres, assédio sexual, importunação sexual, pornografia, sendo este último o de crescimento mais expressivo, de 13,1%.  Em 2024, o Brasil registrou o maior número de estupros e estupros de vulnerável da série histórica, com 87.545 ocorrências no período. Os números indicam ainda que, a cada seis minutos, uma mulher foi estuprada no país.  Do total de ocorrências, 76,8% correspondem ao crime de estupro de vulnerável, 55,6% foram contra mulheres negras e 65% ocorreram dentro de casa. Quase metade dos agressores (45,5%) era formada por familiares das vítimas, e 20,3% eram parceiros ou ex-parceiros íntimos. Letalidade policial Em 2024, 6.243 pessoas foram mortas pelas polícias brasileiras, o que representa 14,1% do total geral de mortes violentas Intencionais do país no período. Considerando o período de 2014 e 2024, esse número chega a 60.394 vítimas.  Os casos de letalidade policial no estado de São Paulo tiveram um aumento de 61% no último ano. Segundo o anuário, a elevação foi causada principalmente pela Operação Escudo na Baixada Santista e pelo desmantelamento do programa de câmeras corporais instituído na gestão anterior. Santos e São Vicente estão na lista das dez cidades com as maiores proporções de letalidade policial em relação ao total de MVI do Brasil. Em 2024, a cada 10 mortes registradas nessas cidades, mais de 6 (ou 66,1%) foram de autoria de policiais. No caso dos estados, as três polícias militares mais letais em 2024 foram as do Amapá (17,1 mortes por 100 mil), Bahia (10,5) e Pará (7,0). Foto e Fonte: Divulgação/Agência Brasil

TARIFAÇO PODE IMPACTAR VENDAS DE SUCO DE LARANJA, CAFÉ, CARNES E FRUTAS

Alerta é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de estabelecer uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros que são exportados para os Estados Unidos pode comprometer receitas do agronegócio brasileiro, provocar desequilíbrios de mercado e pressionar os valores pagos ao produtor. O alerta é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP). Segundo o Cepea, os itens mais expostos ao tarifaço de Trump são o mercado de suco de laranja, o setor cafeeiro, a pecuária de corte e o de frutas frescas. Dentre esses itens, o suco de laranja é o produto mais sensível a essa política tarifária, dizem os pesquisadores do Cepea. “Isso porque já incide atualmente uma tarifa fixa de US$ 415 por tonelada sobre o produto, e a aplicação de uma sobretaxa de até 50% elevaria significativamente o custo de entrada nos Estados Unidos, comprometendo sua competitividade no segundo maior destino dos embarques brasileiros”, dizem os pesquisadores, em nota. Segundo o Cepea, os Estados Unidos importam atualmente cerca de 90% do suco que consomem, sendo que o Brasil é responsável por aproximadamente 80% desse total. “Essa instabilidade ocorre justamente em um momento de boa safra no estado de São Paulo e Triângulo Mineiro: 314,6 milhões de caixas projetadas para 2025/26, crescimento de 36,2% frente ao ciclo anterior. Com o canal norte-americano sob risco, o acúmulo de estoques e a pressão sobre as cotações internas tornam-se prováveis”, avaliou a professora da Esalq/USP Margarete Boteon, pesquisadora da área de citros do Cepea. Quanto ao café, os Estados Unidos são o maior consumidor global do produto e importam cerca de 25% do Brasil, especialmente da variedade arábica, insumo essencial para a indústria local de torrefação. Como os Estados Unidos não produzem café, a elevação do custo de importação deve comprometer a viabilidade de toda a cadeia interna, que envolve torrefadoras, cafeterias, indústrias de bebidas e redes de varejo. “A exclusão do café do pacote tarifário é não apenas desejável, mas estratégica, tanto para a sustentabilidade da cafeicultura brasileira quanto para a estabilidade da cadeia de abastecimento norte-americana”, destaca o pesquisador de café do Cepea Renato Ribeiro. Com a queda nas cotações do produto e a instabilidade externa provocada principalmente pelo tarifaço, os produtores têm vendido volumes mínimos para manter o fluxo de caixa, adiando as grandes negociações para esperar por definições sobre o cenário tarifário. Carne bovina Os Estados Unidos são o segundo maior comprador da carne bovina brasileira, atrás apenas da China, que concentra 49% do total embarcado pelo Brasil. As empresas estadunidenses são responsáveis por 12% das exportações do produto brasileiro e, entre março e abril, elas adquiriram volumes recordes de carne bovina, acima de 40 mil toneladas por mês, o que pode indicar uma possível movimentação de formação de estoque diante do receio de que Trump viesse a aumentar as tarifas para o comércio exterior. São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul são os estados brasileiros, respectivamente, que mais têm escoado carne aos EUA. Nos últimos meses, no entanto, houve redução no volume exportado para os Estados Unidos, enquanto os embarques para a China vêm crescendo. Em junho, especificamente, vários outros parceiros comerciais também aumentaram suas compras na comparação com maio. Segundo o Cepea, isso sinaliza que os frigoríficos brasileiros têm possibilidade de ampliar suas vendas para outros mercados. Frutas frescas No caso do mercado de frutas frescas, o maior impacto imediato recai sobre a manga, dizem os pesquisadores da USP. Isso acontece porque a janela crítica de exportação desse produto aos Estados Unidos começa em agosto. De acordo com o Cepea, já há relatos de postergação de embarques frente à indefinição tarifária. A uva brasileira, cuja safra tem calendário relevante para os EUA a partir da segunda quinzena de setembro, também passa a integrar o grupo de culturas em alerta. Antes do tarifaço, no entanto, a expectativa era de crescimento de exportações de frutas frescas, sustentada pela valorização cambial e pela recomposição produtiva de diversas culturas. “A projeção otimista foi substituída por dúvidas. Além da retração esperada nas vendas aos EUA, há o risco de desequilíbrio entre oferta e demanda nos principais destinos, pressionando as cotações ao produtor”, disse Lucas de Mora Bezerra, do Cepea. O que pode ocorrer, dizem os pesquisadores, é que as frutas que seriam destinadas aos Estados Unidos sejam direcionadas a outros mercados, como a União Europeia, ou até mesmo absorvidas pelo mercado interno, o que pode pressionar o preço ao produtor. Diante desse contexto geral relacionado ao café, à carne bovina, ao suco de laranja e às frutas frescas, o Cepea informa que é urgente “uma articulação diplomática coordenada, com vistas à revisão ou exclusão das tarifas sobre produtos agroalimentares brasileiros”. “Tal medida é estratégica não apenas para o Brasil, mas também para os próprios Estados Unidos, cuja segurança alimentar e competitividade da agroindústria dependem de forma substancial do fornecimento brasileiro”, diz a nota. Fonte/Foto: Divulgação/Agência Brasil

EUA REVOGAM VISTO DE MORAES, FAMILIARES E “ALIADOS NA CORTE”

Governo Trump faz anúncio após Bolsonaro ser alvo de operação da PF O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou nesta sexta-feira (18) que determinou a revogação dos vistos do ministro Alexandre de Moraes, seus familiares e “aliados na Corte”. O anúncio não deixa claro quais ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) devem ser atingidos.   A medida foi anunciada horas após o ex-presidente Jair Bolsonaro ser alvo de uma operação da Policia Federal (PF), que realizou buscas e apreensões e determinou a utilização de tornozeleira eletrônica e recolhimento noturno entre 19h e 6h. Rubio escreveu que Moraes tem perseguido Bolsonaro e promovido censura. “A política de caça às bruxas de Alexandre de Moraes contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura que viola os direitos dos brasileiros e também atinge os americanos. Ordenei a revogação dos vistos de Moraes, seus aliados na corte, e seus familiares, de forma imediata”, declarou. Procurada pela Agência Brasil, o STF ainda não se manifestou sobre a revogação dos vistos. Medidas cautelares As medidas cautelares foram determinadas no inquérito no qual o filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro, deputado federal, é investigado pela sua atuação junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo e tentar barrar o andamento da ação penal sobre a trama golpista. Em março deste ano, Eduardo pediu licença do mandato parlamentar e foi morar nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política. A licença termina no próximo domingo (20). Fonte/Foto: Agência Brasil

STF TEM PLACAR DE 4 VOTOS A 0 PARA MANTER CAUTELARES CONTRA BOLSONARO

Ainda falta o voto do ministro Luiz Fux A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu nesta sexta-feira (18) o quarto voto para validar a decisão do ministro Alexandre de Moraes determinando medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica. Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Federal (PF) fez uma operação de busca e apreensão contra Bolsonaro por determinação do ministro. Após o cumprimento das medidas, a decisão do ministro foi levada para referendo em votação virtual da Primeira Turma da Corte. Até o momento, o placar está 4 votos a 0 para manter as cautelares. Além de Moraes, os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia foram favoráveis em manter as medidas cautelares.  Para a ministra, os indícios apontados contra Bolsonaro justificam as medidas. “A necessidade da manutenção das medidas cautelares decretadas na decisão que se propõe referendar está evidenciada pelas numerosas postagens juntadas no processo, nas quais constam indícios de esforços desenvolvidos por Eduardo Nantes Bolsonaro e Jair Messias Bolsonaro para interferir no regular trâmite da Ação Penal 2.688 [trama golpista], na qual Jair Bolsonaro é réu”, argumenta a ministra.  A votação ficará aberta até a próxima segunda-feira (21). Falta o voto do ministro Luiz Fux. As medidas cautelares foram determinadas no inquérito no qual o filho do ex-presidente Eduardo Bolsonaro é investigado por sua atuação junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo e tentar barrar o andamento da ação penal sobre a trama golpista. Em março deste ano, Eduardo pediu licença do mandato parlamentar e foi morar nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política. A licença termina neste domingo (20). Confira as medidas determinadas contra Bolsonaro: *Uso de Tornozeleira Eletrônica; *Recolhimento domiciliar noturno entre as 19h e as 6h, de segunda a sexta-feira, e integral nos fins de semana e feriados; *Proibição de aproximação e de acesso a embaixadas e consulados de países estrangeiros; *Proibição de manter contato com embaixadores ou autoridades estrangeiras; *Proibição de uso de redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros. Foto/Fonte: Divulgação/Agência Brasil

BRASIL RETOMARÁ FABRICAÇÃO NACIONAL DE INSULINA APÓS 20 ANOS

Tecnologia para produção será adquirida de farmacêutica indiana O Ministério da Saúde recebeu, nesta sexta-feira (11), o primeiro lote de insulinas produzidas por meio do programa Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), que faz parte da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. O país voltará a fabricar o medicamento 100% nacional, por meio de transferência da tecnologia da farmacêutica indiana Wockhardt, com base em um acordo com o laboratório público Fundação Ezequiel Dias (Funed) e com a empresa brasileira Biomm. O ministro Alexandre Padilha participou do evento de entrega do lote com 207.385 mil unidades do medicamento, sendo 67.317 frascos de insulina regular e 140.068 de insulina NPH, na fábrica da Biomm, em Nova Lima (MG). “Depois de mais de duas décadas sem produzir insulina humana, o Brasil retoma essa fabricação para ser entregue ao Sistema Único de Saúde e contribuir com a saúde da população”, destacou Padilha. “É o Brics acontecendo na realidade, mudando a vida da população brasileira e gerando emprego, renda e tecnologia aqui em Minas Gerais”, acrescentou, em referência ao bloco econômico que reúne grandes países do chamado Sul Global, incluindo a Índia, país que viabilizou a parceria.   Segundo a pasta, após a transferência total da tecnologia, o Brasil produzirá 50% da demanda relacionada às insulinas NPH e regular no SUS. “Uma iniciativa como essa traz segurança aos pacientes de que, independentemente de qualquer crise — como a que vivemos durante a pandemia —, o país tem soberania na produção desse medicamento tão importante. Cerca de 10% da população brasileira tem diabetes, e parte dessas pessoas precisa usar insulina. Isso garante tranquilidade, segurança e estabilidade tanto para o SUS quanto para os cidadãos que dependem do medicamento”, reforçou Padilha. A iniciativa conta com investimentos de R$ 142 milhões na aquisição da tecnologia, e cerca de 350 mil pessoas com diabetes serão beneficiadas. Os contratos preveem a entrega para a rede pública de 8,01 milhões de unidades de insulina, entre frascos e canetas, em 2025 e 2026.   A partir da aquisição inicial, de acordo com o Ministério da Saúde, terá início o processo de transferência de tecnologia, conforme previsto nas diretrizes da PDP. Ao final da transferência, a produção do medicamento será totalmente brasileira, com a Funed e a Biomm capacitadas para fabricar o medicamento no país e abastecer o SUS de forma autônoma.   Nas PDPs, instituições públicas e empresas privadas compartilham responsabilidades para a produção nacional do insumo farmacêutico ativo (IFA) e do produto objeto de PDP, em um processo de transferência de tecnologia reversa. A transferência é efetivada por meio de etapas que incluem a realização de embalagens, controle de qualidade dos insumos, produção do produto acabado e do Insumo Farmacêutico Ativo no Brasil, possibilitando, assim, a produção local do medicamento que será fornecido ao SUS.   Tratamento no SUS O SUS oferece assistência integral às pessoas com diabetes, desde o diagnóstico até o tratamento adequado, de acordo com o quadro clínico de cada paciente. A porta de entrada para o cuidado é a Atenção Primária à Saúde, que realiza o acompanhamento contínuo por meio de equipes multiprofissionais. Atualmente, são ofertados quatro tipos de insulinas: insulinas humanas NPH e regular e insulinas análogas de ação rápida e prolongada, além de medicamentos orais e injetável para diabetes mellitus. Foto e Fonte: Divulgação/Agência Brasil

GOVERNADOR VIAJA PARA JAPÃO E CHINA EM DEFESA DE SANTA CATARINA CONTRA EMBARGOS COMERCIAIS

Foto: Eduardo Valente / GOVSC

Missão à Ásia reforça o rigor de SC com as práticas pela sanidade animal, em meio a preocupações do mercado com a gripe aviária. Foto: Eduardo Valente / GOVSC Entre os dias 13 e 25 de junho, o Governo de Santa Catarina realizará uma missão oficial à Ásia, com agendas em Tóquio e Aomori, no Japão, e em Pequim e Harbin, na China. A comitiva será liderada pelo governador Jorginho Mello e contará com representantes das principais entidades do setor produtivo catarinense, incluindo indústria, agronegócio, comércio, tecnologia e turismo. Antecedendo a missão oficial, Jorginho Mello vai a Brasília no dia 4 de junho para visitas oficiais às embaixadas da China, da União Europeia, do México, do Japão e da Coreia. O assunto em comum é sobre a atuação rigorosa de Santa Catarina pela prevenção e a sanidade animal, para evitar que a Gripe Aviária chegue ao Estado. Na Embaixada do Japão, o governador fará um agradecimento oficial pela posição do país em atualizar suas regras sanitárias para manter as importações de frango de Santa Catarina para aquele país. Outras pautas, como na embaixada da China, servirão para comunicar previamente temas e agendas que serão tratados nos dois países. “Santa Catarina está fazendo sua parte. Temos um sistema de defesa agropecuária de excelência, equipes em campo, barreiras sanitárias reforçadas e um trabalho sério de prevenção à gripe aviária”, afirma o governador Jorginho Mello. “Essa missão será uma oportunidade importante para apresentar diretamente às autoridades e parceiros internacionais as garantias que o Estado oferece e buscar a retomada de mercados estratégicos”, ressalta o governador. SC Day e contato com grandes mercados A missão ocorre em um momento crítico para o comércio exterior brasileiro. Após o registro de focos de influenza aviária em território nacional — com impacto direto sobre as exportações — quando dezenas de países, incluindo grandes mercados como União Europeia, China e México suspenderam temporariamente a importação de carne de frango do Brasil. Santa Catarina, segue sem nenhum caso confirmado da doença em granjas comerciais e reforçou a sua atuação técnica, preventiva e de fiscalização. A viagem incluirá reuniões com embaixadas, autoridades sanitárias e eventos institucionais como o SC Day, que será realizado em Tóquio e Pequim, além de visitas a empresas e entidades nos dois países. A iniciativa tem como objetivo promover as potencialidades de Santa Catarina e apresentar o Estado como um ambiente confiável e competitivo para investimentos. Segundo o secretário de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos, Paulo Bornhausen, a missão busca fortalecer relações institucionais e comerciais com os dois países. “No Japão, vamos reforçar parcerias já consolidadas e agradecer pela postura técnica adotada diante do cenário sanitário brasileiro. Na China, nosso objetivo é construir um canal de diálogo que permita reconhecer o diferencial catarinense em sanidade animal, premiando nossa atuação com segurança jurídica e comercial”, explica o secretário. A agenda detalhada da missão está sendo organizada pela Secretaria Executiva de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos do Governo do Estado. === Com informações: ASCOM | SAI Assessoria de imprensa da Secretaria Executiva de Articulação Internacional Foto: Eduardo Valente / GOVSC

LÍDER BRASILEIRO NO BRICS DESTACA PRIORIDADES NO BLOCO E DESMISTIFICA CRIAÇÃO DE NOVA MOEDA

Foto: Divulgação / Itamaraty

Embaixador Maurício Lyrio desmistificou rumores sobre moeda comum do grupo; reunião de Sherpas do Brics, que ocorrerá nos dias 25 e 26 de fevereiro, em Brasília As prioridades da presidência brasileira no Brics terão com foco em saúde, clima, comércio, inteligência artificial e fortalecimento institucional. A informação é do embaixador Maurício Lyrio, sherpa do Brics pelo Brasil. Ele também desmentiu, em entrevista coletiva nesta sexta-feira  (21/2), rumores sobre a criação de uma moeda comum, reforçando que o objetivo é reduzir custos e ampliar a cooperação entre os países membros. O encontro com jornalistas antecede a Reunião de Sherpas do Brics que ocorrerá nos dias 25 e 26 de fevereiro, em Brasília, considerada um momento crucial para alinhar as prioridades e traçar o caminho até a Cúpula de Líderes, prevista para 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro. No dia 26 há previsão de participação do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. O grupo, composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e, recentemente, mais seis novos países membros admitidos em 2024-25 – Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã – reúne 48,5% da população mundial e ocupa 35,6% do território global. Economicamente, o Brics responde por cerca de 40% do PIB mundial em paridade de poder de compra e por 28% a 29% do PIB nominal. Além disso, o grupo é responsável por mais da metade do crescimento da economia global, com taxas médias de crescimento entre 3% e 5%, superando a média global de 2,5% a 3%. Maurício Lyrio ressaltou que o Brics não só beneficia os países em desenvolvimento, mas também contribui para a economia global como um todo, incluindo os países ricos. Ele destacou ainda a relevância do grupo para o comércio brasileiro, que representa 35% do total, com um fluxo comercial de US$ 210 bilhões em 2023, sendo US$ 121 bilhões em exportações e US$ 88,8 bilhões em importações. O saldo comercial favorável do Brasil com o Brics foi de US$ 33 bilhões, quase metade do saldo comercial total do país, informou. Prioridades da presidência brasileira O sherpa detalhou as cinco prioridades estabelecidas pelo Brasil para sua presidência no Brics em 2025: 1 – Cooperação em saúde: O Brasil pretende fortalecer a cooperação em áreas como pesquisa e desenvolvimento de vacinas, com foco em doenças tropicais negligenciadas e doenças socialmente determinadas, que afetam principalmente países em desenvolvimento. O Centro de Pesquisa de Combate à Tuberculose do Brics será um dos pilares dessa iniciativa. 2 – Mudança do clima e financiamento: O Brasil buscará reforçar a coordenação entre os países do Brics para pressionar por mais recursos no combate à mudança do clima, especialmente diante dos resultados modestos da COP29, conferência do clima da ONU realizada em Baku, Azerbaijão. A ideia é que o grupo leve uma posição conjunta para a COP30, que será realizada em Belém do Pará, no Brasil. 3 – Comércio, investimento e finanças: Um tema de grande importância é o reforço das relações comerciais, de investimentos e de finanças entre os países do Brics. O foco será reduzir os custos das operações comerciais e financeiras entre os países do grupo, com ênfase no uso de moedas locais. Também vamos dar continuidade a uma parceria que já está em andamento: a Parceria Brics para a Nova Revolução Industrial (PartNIR), cujo objetivo é a diversificação e a atualização tecnológica da base industrial dos países do agrupamento. 4 – Governança de inteligência artificial: O Brasil defende a criação de um arcabouço global para a governança da inteligência artificial, com a ONU no centro das discussões. O objetivo é garantir que o desenvolvimento tecnológico seja inclusivo e beneficie todos os países, além de lidar com desafios como desinformação e impactos no emprego. 5 – Fortalecimento institucional do Brics: Com a recente ampliação do grupo para 11 membros e a criação de uma categoria de parceiros, o Brasil busca consolidar a estrutura institucional do Brics, incluindo a revisão dos termos de referência e a definição de regras para a presidência rotativa. Desmistificando a moeda do Brics Um dos pontos de destaque da coletiva foi a discussão sobre a possível criação de uma moeda comum do Brics. O sherpa Mauricio Lyrio foi enfático ao afirmar que o tema não está em discussão no momento. “Moeda do Brics não é um tema que está sendo discutido”, declarou. Ele explicou que o foco atual está em reduzir os custos das operações comerciais e financeiras entre os países membros, com o uso de moedas locais, uma prática que já é comum em transações bilaterais. Lyrio destacou que iniciativas como o sistema de pagamentos transfronteiriços e mecanismos entre bancos centrais já estão em funcionamento e são prioridades para o grupo. “O que está sendo discutido são formas de reduzir os custos de operações comerciais e financeiras entre os países do Brics”, afirmou, descartando qualquer avanço imediato em direção a uma moeda única. Outro tema central abordado pelo embaixador e sherpa foi a questão do financiamento para o combate à mudança do clima. Lyrio citou que os resultados da COP 29 em Baku não atenderam às expectativas dos países em desenvolvimento. Ele lembrou que o acordo de Paris previa um financiamento de US$ 100 bilhões por ano para ajudar os países em desenvolvimento na transição energética, mas que esse valor nunca foi integralmente cumprido. “Até 2023, nenhum ano atingiu esse compromisso”, observou. O embaixador destacou ainda que as necessidades atuais para o combate à mudança do clima são da ordem de US$ 1,3 trilhão por ano, muito acima dos valores discutidos em Baku. Por isso, segundo ele, o Brasil buscará coordenar uma posição conjunta entre os países do Brics para pressionar por mais recursos na próxima COP, em Belém. Fortalecimento institucional e novos membros Com a recente ampliação do Brics, que passou de cinco para 11 membros, Lyrio destacou a importância de consolidar a estrutura institucional do grupo. Ele explicou que a entrada de novos membros traz desafios, como a definição da ordem de presidência rotativa e a revisão dos termos de

BRASIL E EUA ASSINAM ACORDO PARA TROCAR INFORMAÇÕES SOBRE DEPORTADOS

Foto Arquivo / Brasília (DF) 01/11/2023 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assina decreto para GLO em portos e aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Objetivo é garantir segurança e tratamento digno aos brasileiros O Brasil e os Estados Unidos assinaram acordo para a troca de informações sobre deportados e operação de voos. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a ideia é garantir segurança e tratamento digno para os brasileiros que retornam ao país. Para isso foi criado um grupo de trabalho com a Embaixada americana. A medida permite uma linha direta de comunicação e o acompanhamento em tempo real dos próximos voos. A proposta, inclusive, foi tema de reunião do presidente Lula com ministros, em Brasília, nesta semana. O governo então anunciou que vai montar um posto de acolhimento humanitário no Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, em Minas Gerais. Vai ajudar também os repatriados a voltar ao mercado de trabalho. As ações foram tomadas diante de irregularidades em um voo com 88 brasileiros deportados dos Estados Unidos, na última sexta-feira. O avião seguia para Belo Horizonte, em Minas Gerais, mas fez uma parada em Manaus, no Amazonas. A aeronave apresentou problemas técnicos, como mau funcionamento do ar condicionado. Os passageiros chegaram algemados e foram libertados pela Polícia Federal. Houve relatos de agressões dos agentes americanos e de falta de comida e de acesso a banheiro. Por causa disso, os repatriados seguiram em um voo da FAB até o Aeroporto de Confins, na capital mineira. === Com informações: Agência Brasil e Rádio Nacional Foto Arquivo / Brasília (DF) 01/11/2023 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assina decreto para GLO em portos e aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil