SC bate recorde no Valor da Produção Agropecuária em 2023, com destaque para a produção animal
No caso do mercado internacional, a análise mostra que em 2023 o agronegócio alcançou o segundo melhor desempenho da história O Valor da Produção Agropecuária (VPA) de Santa Catarina em 2023 alcançou o recorde de R$ 64,3 bilhões, representando um crescimento nominal de 6,6% sobre o VPA de 2022, que era o recorde anterior. A produção animal – leite e suínos, frango e bovinos para abate – representou 52,6% da composição do VPA. Esses e outros dados integram a 44ª edição da Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina, lançada pela Epagri na segunda-feira, 6 de maio, em evento online. A publicação é coordenada pelo analista de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri/Cepa, Tabajara Marcondes. Ele explica que o cálculo do VPA de 2023 considerou os 62 produtos de maior valor de produção no estado. São os da produção animal (pecuária e aquicultura), os da produção das lavouras (grãos, outras lavouras temporárias, hortaliças e lavouras permanentes) e os da produção da silvicultura e extração vegetal. Tabajara revela que, em termos de composição do VPA, os destaque são: suínos para abate, 20,2%; frangos para abate, 16,4%; leite, 12,3%; e soja, 10,9%. “Dos demais produtos, apenas o tabaco (5,6%) e o milho-grão (5,2%) tiveram participação superior a 5% no VPA estadual de 2023”, diz o analista. A publicação traz também dados das exportações do agronegócio catarinense, análises sobre o crédito rural e sobre o desempenho das principais atividades agrícolas e pecuárias desenvolvidas no Estado. Agro responde por 64,7% das exportações de SC No caso do mercado internacional, a análise mostra que em 2023 o agronegócio alcançou o segundo melhor desempenho da história. O valor exportado, de US$7,49 bilhões, é superado apenas pelos US$7,74 bilhões de 2022. Com isso, o agro respondeu por 64,7% dos US$11,58 bilhões gerados pelas exportações totais de Santa Catarina. O setor também foi responsável por 4,5% dos US$165,45 bilhões exportados pelo agro brasileiro. Os maiores valores exportados foram de carnes de frango e derivados; carnes de suínos e derivados; madeira e obras de madeira; produtos do complexo soja e de papel e celulose, que representaram 83,4% dos US$7,49 bilhões exportados pelo agro catarinense. SC foi o estado que mais aplicou crédito do Pronaf na pecuária Para a safra 2023/24 (julho/23 a junho/24), houve aumento do crédito disponibilizado aos agricultores catarinenses: R$364,22 bilhões para os enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e demais produtores, e R$71,60 bilhões para a agricultura familiar. “Esses valores significam aumentos nominais de 27% e 34% sobre os disponibilizados na safra 2022/23”, salienta Tabajara. Em 2023 Santa Catarina respondeu por 5,1% do valor do crédito aplicado no Brasil e foi o estado que mais aplicou recursos do Pronaf em pecuária. O número de contratos de crédito em 2023 foi 6,6% maior do que em 2022. Em valores aplicados, a indexação pelo IGP-DI mostra que os R$20,369 bilhões de 2023 são 17,2% maiores do que os R$17,387 bilhões de 2022. Dados auxiliam nas políticas públicas O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto, participou do evento e destaca a importância da publicação. “O olhar analítico sobre o desempenho da agricultura é fundamental para balizar as políticas públicas que chegam ao campo. Os dados mostram a diversidade da nossa produção, nos auxiliando no planejamento dos programas e projetos para atender as reais necessidades dos agricultores”, diz ele. O presidente da Epagri, Dirceu Leite, comenta que a Síntese começou a ser publicada em 1976 e se caracteriza como uma das publicações mais longevas em sua categoria. “Esta publicação anual sintetiza o esforço da pesquisa socioeconômica da Epagri em organizar, analisar e disponibilizar dados estruturados para o agronegócio catarinense. São informações confiáveis que auxiliam o segmento do agro na tomada de decisões”, frisa Dirceu. A gerente da Epagri Cepa, Edilente Steinwandter, destaca a inovação nesta 44ª edição Síntese. “O documento traz novos recursos interativos no arquivo digital, permitindo uma leitura rápida, dinâmica e interativa. Com a inclusão de links e botões de acesso em cada uma das seções, os leitores podem facilmente navegar entre as diferentes seções da publiicação”, informa. Ela também agradece a todos que possibilitaram a geração de dados, como as entidades representativas do agro, os parceiros informantes e a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, por meio de suas empresas vinculadas – Cidasc, Epagri e Ceasa. Foto: Julio Cavalheiro / Arquivo / SECOM
Receita prorroga prazo de entrega da declaração do imposto de renda e pagamento de tributos para 336 municípios atingidos por chuvas intensas no RS
A medida inclui também parcelamentos e cumprimento de todas as obrigações acessórias Foi publicada, em edição extra do Diário Oficial da União, a Portaria RFB Nº 415 de 06 de maio de 2024, que define a prorrogação dos prazos para pagamento de tributos federais, incluindo parcelamentos, e o cumprimento de obrigações acessórias para os contribuintes domiciliados nos 336 municípios do Rio Grande do Sul afetados por chuvas intensas a partir de 24 de abril de 2024. Essa medida excepcional foi adotada com base na Portaria MF nº 12/2012, do Ministério da Fazenda, e no Decreto estadual nº 57.603, de 5 de maio de 2024, emitido pelo Governador do Estado do Rio Grande do Sul. Entenda Os tributos federais com vencimento em abril, maio e junho de 2024 serão prorrogados para o último dia útil dos meses de julho, agosto e setembro de 2024, respectivamente. Por exemplo: a entrega da declaração do imposto renda será prorrogada de 31 de maio para 31 de agosto. Além disso, os prazos para a prática de atos processuais no âmbito da Receita Federal do Brasil, em relação a processos administrativos de interesse de contribuintes domiciliados nos municípios atingidos, ficarão suspensos até 31 de maio de 2024. A lista dos municípios afetados está disponível para consulta aqui
CAOGRO da polícia civil apresenta números dos crimes contra o agronegócio em 2024
Maiores incidências são registradas em Chapecó com 11,9%, Lages com 11,3% e São Miguel do Oeste com 8,9% Chapecó/SC, 07 de maio de 2024 – A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio do Centro de Apoio Operacional de Combate aos Crimes Contra o Agronegócio (CAOAGRO), apresentou nesta terça-feira (07/05) os números relativos aos crimes contra o agronegócio em 2024. Neste ano, o CAOAGRO já recebeu 327 Boletins de Ocorrência relacionados aos crimes contra o agronegócio no Estado, envolvendo 140 Municípios pertencentes a todas as 31 Delegacias Regionais de Polícia. No comparativo com 2023, verificou-se o aumento de 3,5% no número de ocorrências recebidas, resultado direto da ampliação e disseminação dos canais de denúncias da Polícia Civil, como a DELEAGRO Virtual e o DISQUE DENÚNCIA AGRO. O crime de furto de bovinos (abigeato) representou 28,4% de todos os Boletins de Ocorrências que foram comunicados ao CAOAGRO no ano de 2024. Ao total, foram furtados 273 bovinos, caracterizando um aumento de 13,7% no registro de abigeatos em comparação com o primeiro quadrimestre de 2023. As Delegacias Regionais de Polícia que mais registraram ocorrências contra o agronegócio em 2024 foram Chapecó com 11,9%, Lages com 11,3% e São Miguel do Oeste com 8,9%. Os pontos focais do CAOAGRO criados em abril de 2023 estão sendo muito importantes para aprimorar a repressão qualificada em todas as regiões do Estado. Além de mapear as ocorrências contra o agro e fornecer suporte às unidades nas investigações, o CAOAGRO realizou operações voltadas à preservação do status sanitário catarinense. Nesse período, a Polícia Civil flagrou crimes ambientais e contra as relações de consumo; interditou abatedouros clandestinos; identificou a falsificação de selos de inspeção; recuperou animais e maquinários subtraídos; vistoriou propriedades rurais; apreendeu agrotóxicos ilegais; efetuou o manejo de javalis; garantiu a segurança dos profissionais sanitários, além da participação em diversas feiras agropecuárias e palestras para difusão de informações. Para o coordenador do CAOAGRO, Delegado de Polícia Fernando Callfass, os trabalhos desenvolvidos estão comprovando que a Polícia Civil está no caminho certo. Com os números e as estatísticas sempre atualizadas está sendo possível trazer estratégias mais assertivas no combate aos crimes contra o agronegócio em Santa Catarina. O Delegado-Geral da Polícia Civil, Dr. Ulisses Gabriel, ressalta que o combate aos crimes contra o agronegócio está sendo cada vez mais intensificado no Estado. O agro é a principal atividade econômica catarinense e está tendo toda a proteção da Polícia Civil. “Santa Catarina está ampliando a presença da polícia no campo. Esse trabalho de inteligência já mapeou os locais em que as investigações serão reforçadas. Agora é questão de tempo até termos esses bandidos pagando pelos crimes que praticaram contra os nossos produtores, contra as famílias catarinenses que vivem do agronegócio”, afirma o governador Jorginho Mello.