Suspeitos usaram pistolas adaptadas para rajada e tentaram fugir por mata após perseguição policial; grupo seria pago para atacar ponto de tráfico
Uma operação policial terminou com três homens presos e um arsenal apreendido, após mais de 20 disparos serem ouvidos na noite desta sexta-feira (2), no loteamento Dom José Gomes, em Chapecó. A ação teve início quando guarnições da Polícia Militar ouviram os disparos durante rondas no bairro Universitário e seguiram em direção ao local. Durante o deslocamento, um veículo VW Polo preto com indivíduos encapuzados foi avistado na contramão, dando início a uma perseguição que seguiu por diversos bairros, sendo que na rua Francisco Munari, o grupo abandonou o carro e fugiu a pé por uma área de mata, onde teve início um cerco policial com apoio da Guarda Municipal.
O primeiro suspeito, de 20 anos, foi capturado com uma pistola 9mm marca Bersa, carregada com cinco munições. Ele relatou que o grupo recebeu pagamento para efetuar disparos contra um ponto de tráfico. O segundo, de 18 anos, foi encontrado com uma pistola 9mm marca Canik, equipada com seletor de rajada, também municiada. O terceiro envolvido foi localizado pouco depois, correndo em via pública. O quarto suspeito não foi localizado, apesar das buscas intensas na mata.
Durante a operação, um VW Jetta branco com quatro mulheres se aproximou do local. A motorista, namorada de um dos detidos, afirmou que estavam indo resgatá-los após a ação. Uma das passageiras tentou destruir um celular jogando-o ao chão. Todos os aparelhos foram apreendidos, inclusive um quinto telefone que ninguém soube informar a quem pertencia. Uma criança de 5 anos, filha de uma das mulheres, foi entregue aos cuidados do Conselho Tutelar.
Foram apreendidas 2 pistolas calibre 9mm (uma adaptada com seletor de rajada), 31 munições de 9mm, 1 munição calibre .38, 6 celulares e o veículo VW Polo utilizado na fuga. Os três homens foram presos e levados à Central de Polícia, enquanto as quatro mulheres foram conduzidas como testemunhas. A investigação segue para identificar o envolvimento do grupo com o crime organizado.
Foto: Divulgação/PMSC
