EUA: TARIFA MENOR AO BRASIL PODE AMPLIAR EXPORTAÇÃO DE SC, AVALIA FIESC

(Foto The White House)

Taxação maior a concorrentes da indústria brasileira abre oportunidade de vender mais aos Estados Unidos e, com tendência de retaliações aos norte-americanos, também a outros mercados; a tributação adicional também pode destravar o acordo Mercosul – União Europeia O enquadramento do Brasil no menor nível (10%) das novas tarifas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos nesta quarta-feira (2), abre oportunidade para que Santa Catarina amplie seus embarques tanto aos Estados Unidos quanto a outros mercados, que hoje importam produtos norte-americanos, avalia a Federação das Indústrias de SC (FIESC). “A análise inicial do pacote tarifário do presidente Trump é de que Santa Catarina poderá ampliar embarques aos Estados Unidos, já que concorrentes da nossa indústria no mercado internacional passarão a pagar taxas maiores para entrar no mercado norte-americano”, diz o presidente da Federação, Mario Cezar de Aguiar. “Ao mesmo tempo, o cenário encaminha-se para uma guerra tarifária, com retaliação pelos países mais afetados pelas novas taxas, como os asiáticos – em especial a China – e os europeus. Com isso, os produtos brasileiros passam a ser mais competitivos que os norte-americanos nesses mercados, gerando uma oportunidade complementar ao Brasil”, acrescenta Aguiar, lembrando também que a tributação adicional tende a destravar a aprovação final do acordo Mercosul – União Europeia. Para aproveitar essa conjuntura, é fundamental negociar. “O governo brasileiro deve estabelecer os canais necessários com o dos Estados Unidos para defender os interesses do País e, em paralelo, o setor privado brasileiro deve fortalecer a interlocução com seus clientes”, afirma o presidente da FIESC. Apesar de um primeiro impacto positivo, será necessário acompanhar e se adaptar às mudanças de cenário, já que as medidas pressionam a inflação norte-americana, e tendem a sofrer ajustes, à medida que os impactos práticos forem sentidos pelos mercados ao redor do mundo. A tarifa adicional de 10% anunciada pelos Estados Unidos afetará todos os países e entrará em vigor no dia 5 de abril. Foram anunciadas também tarifas mais altas para países com os maiores déficits comerciais com os EUA, como China (34%), União Europeia (20%) e Japão (24%), a partir de 9 de abril. No caso de aço, alumínio, e veículos e autopeças, prevalecerá a tarifa de 25%, anunciada recentemente. Os Estados Unidos são o segundo parceiro comercial do Brasil e o principal destino das exportações catarinenses. No ano passado, o estado embarcou para lá US$ 1,74 bilhão, na sua maioria itens manufaturados, como produtos de madeira, motores elétricos, partes de motor e cerâmica. Negócios que geram empregosO país é o principal destino das exportações brasileiras da indústria de transformação, especialmente de produtos de maior intensidade tecnológica, além de liderar o comércio de serviços e os investimentos bilaterais. Somente em 2024, a indústria de transformação brasileira exportou US$ 31,6 bilhões em produtos para os EUA. Nesse ano, a cada R$ 1 bilhão exportado para os EUA, foram criados 24,3 mil empregos, R$ 531,8 milhões em massa salarial e R$ 3,6 bilhões em produção, conforme a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Com objetivo de estreitar laços e buscar soluções de interesse comum com os EUA, a CNI levará um grupo de empresários brasileiros ao país na primeira quinzena de maio. A expectativa é que a comitiva se reúna com representantes da indústria e do governo norte-americano para discutir agendas de facilitação de comércio e abertura de mercados de forma equilibrada. Raio-x das relações econômicas– Tarifa de importação real aplicada pelo Brasil aos EUA: a tarifa média efetivamente aplicada aos produtos dos EUA exportados para o Brasil foi de apenas 2,7% em 2023, um percentual significativamente inferior à média da tarifa nominal brasileira, que é de 11,2%, conforme consolidado da OMC.– Superávit no comércio de bens: na última década, os Estados Unidos nunca registraram um déficit comercial com o Brasil. O superávit acumulado no comércio de bens a favor dos EUA nos últimos dez anos alcançou US$ 91,6 bilhões;– O Brasil se destaca como um dos poucos países entre as principais economias com os quais os EUA mantêm um superávit persistente no comércio de bens, contrastando com o déficit geral que o país norte-americano registra no comércio de bens com outros parceiros comerciais. === Com informações: Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas/FISC Foto: Divulgação / The White House

AS PRIORIDADES E A MISSÃO DO DEPARTAMENTO DE ESTADO DURANTE O SEGUNDO GOVERNO TRUMP

Marco Rubio, secretário de Estado

As declarações são do secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio Servir como 72º secretário de Estado dos EUA é a maior honra de minha vida profissional. O presidente Trump me deu uma direção clara para colocar nosso principal interesse nacional como a missão orientadora da política externa americana. Cada dólar que gastamos, cada programa que financiamos e cada política que buscamos deve ser justificado com a resposta a três perguntas simples: Com o objetivo de promover nosso interesse nacional, construiremos um Departamento de Estado mais inovador, ágil e focado. Isso exigirá a substituição de algumas prioridades, a redução da ênfase em algumas questões e a eliminação de algumas práticas. Primeiro, devemos conter a migração em massa e proteger nossas fronteiras. O Departamento de Estado não realizará mais nenhuma atividade que facilite ou incentive a migração em massa. Nossas relações diplomáticas com outros países, particularmente no Hemisfério Ocidental, priorizarão a proteção das fronteiras dos Estados Unidos, interrompendo a migração ilegal e desestabilizadora, e negociando a repatriação de imigrantes ilegais. Em seguida, devemos recompensar o desempenho e o mérito, inclusive nos escalões do Departamento de Estado. O presidente Trump emitiu um decreto do Executivo eliminando requisitos, programas e escritórios relacionados à política de diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade em todo o governo. Esse decreto será fielmente executado e cumprido tanto na letra quanto no espírito. Da mesma forma, devemos retornar aos princípios básicos da diplomacia, eliminando nosso foco em causas políticas e culturais que são desagregadoras em nosso país e profundamente impopulares no exterior. Isso nos permitirá conduzir uma política externa pragmática em cooperação com outras nações a fim de promover nossos principais interesses nacionais. Devemos impedir a censura e a supressão de informações. Os esforços do Departamento de Estado para combater a propaganda maligna têm se expandido e mudado fundamentalmente desde a era da Guerra Fria e devemos priorizar a verdade. O Departamento de Estado que lidero apoiará e defenderá os direitos dos americanos à liberdade de expressão, encerrando quaisquer programas que de alguma forma levem à censura do povo americano. Embora combatamos a propaganda inimiga genuína, faremos isso apenas com a verdade fundamental de que os Estados Unidos são um país grande e justo, cujo povo é generoso e cujos líderes agora priorizam os interesses essenciais dos americanos, respeitando os direitos e interesses de outras nações. Finalmente, devemos alavancar nossos pontos fortes e acabar com as políticas climáticas que enfraquecem os Estados Unidos. Embora não ignoremos as ameaças a nosso meio ambiente natural e apoiemos proteções ambientais sensatas, o Departamento de Estado usará a diplomacia com o intuito de ajudar o presidente Trump a cumprir sua promessa de retornar ao domínio energético americano. Em suma, a agenda do presidente Trump voltada para o futuro em prol de nosso país e relações exteriores guiará o redirecionamento do Departamento de Estado para os interesses nacionais americanos. Em meio à atual rivalidade entre grandes potências, capacitarei nosso talentoso corpo diplomático visando promover nossa missão de tornar os Estados Unidos mais seguros, mais fortes e mais prósperos. Veja o conteúdo original: https://www.state.gov/priorities-and-mission-of-the-second-trump-administrations-department-of-state/  === Foto e informações: U.S. Mission Brazil | Janeiro, 2025 | Categorias: Eventos em destaque, Notícias, Secretário de Estado dos EUA | Fonte: Press Statement USA Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.