MINISTROS DESTACAM CAMPANHA DE VACINAÇÃO EM ESCOLAS PÚBLICAS DO PAÍS

Mobilização começa dia 14 e quer alcançar 30 milhões de estudantes Começa na próxima segunda-feira, dia 14, a mobilização nacional de vacinação nas escolas públicas, promovida pelos ministérios da Saúde e da Educação. A ação faz parte do programa Saúde na Escola e tem por meta alcançar 30 milhões de estudantes de 110 mil escolas públicas de todo o país. Os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Educação, Camilo Santana, se uniram em um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, nesta sexta-feira (11), para reforçar a importância da iniciativa. Padilha detalhou as vacinas que serão ofertadas durante a ação, que vai durar até o dia 25 de abril:  “Vamos oferecer as vacinas adequadas para cada idade. Para crianças menores de 5 anos, do ensino infantil, vamos ter vacina contra febre amarela, tríplice viral e tríplice bacteriana. Para as maiores de 5 anos e menores de 15 anos, vamos ter vacina contra a febre amarela, tríplice viral, tríplice bacteriana, meningite e HPV, que é o vírus que causa o câncer”. Já o ministro Camilo Santana lembrou que o Brasil é referência em vacinação e que a imunização dos estudantes vai gerar segurança para toda a comunidade escolar: “Todo mundo deve fazer a sua lição de casa e manter seu cartão de vacinação atualizado durante todo ano, e também orientar seus familiares e amigos a fazerem o mesmo, porque uma escola vacinada é uma escola segura”. Além disso, o Ministério da Saúde lançou, nesta semana, a Caderneta Digital de Saúde da Criança, que está disponível no aplicativo Meu SUS Digital, como lembrou o ministro Alexandre Padilha durante o pronunciamento: “Com a caderneta digital, você vai poder monitorar todas as vacinas, ficar sempre em dia com a imunização e acompanhar todas as informações das consultas e da saúde dos seus filhos. E agora, a caderneta digital vai alertar você quando chegar a hora de tomar uma nova vacina ou uma dose de reforço. Vale repetir o que todo mundo sabe”. Mais informações sobre a caderneta digital e a campanha de vacinação nas escolas podem ser obtidas no site do Ministério da Saúde. === Com informações: EBC / Daniella Longuinho – Repórter da Rádio Nacional Foto: Reprodução Site Ministério da Saúde/SUS

BRASIL AMPLIA PREVENÇÃO E ADOTA TRATAMENTOS INOVADORES PARA ELIMINAR A TUBERCULOSE

© Eduardo Gomes - ILMD/Fiocruz Amazônia

Cuidado preventivo da doença cresceu 30% em 2024, impulsionado pela terapia de curta duração, que correspondeu a 72% do total O Brasil vem intensificando os esforços para eliminar a tuberculose como problema de saúde pública, com um forte investimento na prevenção e no uso de cuidados inovadores. Em 2024, o tratamento preventivo cresceu 30% em comparação a 2023, impulsionado pela ampliação das terapias medicinais de curta duração, de três meses, que já representam 72% do total, conforme dados do Boletim Epidemiológico da Tuberculose 2025 . O tratamento da infecção latente da tuberculose – quando a pessoa tem a doença, mas de forma adormecida – é fundamental para evitar o desenvolvimento da doença ativa, especialmente em contatos domiciliares, crianças e grupos mais vulneráveis, como pessoas vivendo com HIV/aids . Com o objetivo de aumentar a adesão a esse tipo de tratamento preventivo, o Ministério da Saúde ampliou o uso de uma terapia encurtada chamada 3HP, que combina os antibióticos isoniazida e rifapentina em doses semanais, durante três meses. Ou seja, um total de 12 doses até o fim do processo. As duas substâncias são combinadas em um mesmo comprimido, e, geralmente, uma dose para adulto corresponde a três comprimidos. Em 2024, 72% dos tratamentos preventivos adotaram esse regime – um salto em relação aos 52,4% registrados no ano anterior. A maior adesão se deve à curta duração e à menor toxicidade do 3HP, uma vez que ele causa menos náuseas e mal-estar que o cuidado clássico somente com a isoniazida, antibiótico cujo protocolo de uso é de 180 doses, com duração de 6 a 9 meses. A mudança nessa adesão aos medicamentos levou a uma taxa de conclusão de 80% dos tratamentos iniciados, a mais alta entre as terapias disponíveis pelo SUS. “As tecnologias preventivas viabilizam a meta de eliminação, por isso é muito importante que sejam cada vez mais inovadoras. Em breve, teremos uma terapia de 28 dias, que pode ter uma adesão ainda melhor”, diz Draurio Barreira, diretor do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde . Embora a tuberculose ainda seja uma das doenças infecciosas mais letais do mundo, com essa atuação na prevenção, o Brasil tem se destacado globalmente na luta para eliminação da doença, recebendo da Organização Mundial da Saúde (OMS) o reconhecimento por seus méritos. O SUS oferece gratuitamente, além das terapias medicamentosas, a vacina BCG , que protege crianças contra as formas graves da doença. Número de diagnósticos segue com reflexos da pandemia O Boletim Epidemiológico da Tuberculose 2025 também mostrou que o número de diagnósticos de novos casos segue no patamar de 84 mil, embora tenha sido registrada uma pequena queda de 2023 (84.994) para 2024 (84.308). O número vem em crescente desde 2020, quando foram 69.681 registros. O quadro se deve, principalmente, às implicações da pandemia de Covid-19 , que levaram a uma subnotificação, como explica Draurio Barreira. “Na pandemia, houve uma tendência de queda em todo o mundo, não só no Brasil. Agora, estamos na retomada dos diagnósticos. Mas isso deve perder força, como já começa a acontecer em alguns países, com um arrefecimento desse pico nos próximos anos e retorno ao patamar anterior”, diz. Nos anos de pandemia, muita gente que estava com tuberculose acabou sendo diagnosticada como paciente de Covid-19. Além disso, muitas pessoas, em isolamento, evitaram procurar os serviços de saúde no período pandêmico e, ainda, sem saber que estavam com a doença e sem tratá-la, podem ter infectado familiares. Esse quadro afetou também o número de óbitos. Brasil Saudável: estratégia intersetorial para eliminação da tuberculose Além das medidas preventivas, o Brasil adotou uma abordagem inovadora para combater a tuberculose e outras doenças ligadas à vulnerabilidade social. O programa Brasil Saudável é uma iniciativa inédita no mundo, que reúne 14 ministérios e parceiros estratégicos – como organismos internacionais e organizações da sociedade civil – para implementar ações intersetoriais voltadas à redução das desigualdades associadas à tuberculose e consequentemente, contribuir para a eliminação da doença. Mais investimentos no combate à doença O compromisso do governo com a eliminação da tuberculose também se reflete no aumento de investimentos. O Ministério da Saúde destinou R$ 100 milhões para reforçar a vigilância, prevenção e controle da doença , dentro do Incentivo Financeiro às Ações de Vigilância, Prevenção e Controle do HIV/aids, da Tuberculose, das Hepatites Virais e das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Entre 2023 e 2024, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), foram lançadas chamadas públicas para financiar pesquisas sobre tuberculose , totalizando R$ 20 milhões em investimentos. Além disso, R$ 6 milhões foram disponibilizados para projetos de mobilização social liderados por organizações da sociedade civil. Outra iniciativa importante foi o lançamento do Prevenir TB , um aplicativo desenvolvido para apoiar profissionais de saúde do SUS na tomada de decisões com informações estratégicas sobre o tratamento preventivo da tuberculose. No Prevenir TB, o profissional seleciona as características e tem uma resposta indicando se a escolha deve ser por iniciar o tratamento para prevenção ou se não é necessário. O sistema faz algumas perguntas e guia para a tomada de decisão clínica. Por exemplo, se é o caso de alguém que teve contato com um infectado por tuberculose, o aplicativo questiona, entre outras coisas, se há sintomas. O app utiliza a tecnologia Progressive Web App (PWA) , permitindo acesso prático em diversos dispositivos e navegadores. Destaca-se ainda que o Ministério da Saúde tem atuado amplamente na qualificação da vigilância e cuidado à tuberculose por meio de ações de apoio técnico e assessoramento aos profissionais, gestores e coordenações de tuberculose nos estados e municípios, dentre os quais destaca-se a disponibilização de dados estratégicos e informações epidemiológicas que orientam a tomada de decisões e elaboração de políticas territoriais. O Boletim Epidemiológico de 2025 soma-se a essas ações e apresenta os dados atualizados da tuberculose no Brasil. O objetivo da pasta é cada vez mais reforçar seu protagonismo no combate à tuberculose, apostando na prevenção, inovação e articulação intersetorial para eliminar a doença como problema de saúde pública. === Com informações: Agencia Gov | Via SaúdeFoto: Divulgação / © Eduardo Gomes – ILMD/Fiocruz Amazônia

EXCESSO DE PESO EM MOCHILAS: RISCO PARA SAÚDE DA COLUNA

Mochilas muito pesadas podem causar problemas sérios na postura de crianças e adolescentes; saiba como prevenir dores e lesões O retorno às aulas é sempre motivo de empolgação, mas também exige atenção redobrada com a saúde das crianças. Um dos problemas mais comuns é o excesso de peso nas mochilas escolares, que pode prejudicar a coluna e gerar dores, desvios posturais e até lesões graves. De acordo com ortopedistas, o peso da mochila não deve ultrapassar 10% do peso corporal da criança. Mochilas sobrecarregadas forçam a coluna e os músculos, causando dores nas costas, ombros e pescoço. Além disso, o uso inadequado, como carregar a mochila em apenas um dos ombros, aumenta o risco de problemas posturais. Por isso, é fundamental organizar o material escolar diariamente, levando apenas o necessário. A escolha da mochila também é importante. Opte por modelos com alças acolchoadas e ajustáveis, que permitam uma distribuição uniforme do peso. Mochilas com rodinhas podem ser uma alternativa, principalmente para crianças menores. No entanto, é preciso garantir que a altura da alça seja adequada para evitar desconfortos. Por fim, incentivar hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos e alongamentos, ajuda a fortalecer a musculatura e a proteger a coluna. Pequenas atitudes podem fazer uma grande diferença na qualidade de vida dos estudantes, garantindo um ano letivo mais saudável e produtivo. === Foto: Ilustratuva