OESTE CATARINENSE DEVE REGISTRAR MENOS CHUVA EM FEVEREIRO E MARÇO

Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Arquivo / SECOM

No próximo trimestre, a temperatura deve ficar próxima à média climatológica em Santa Catarina De acordo com boletim emitido pela Epagri/Ciram, em fevereiro e março o calor permanece em Santa Catarina e a chuva se mantém próxima à média climatológica, com exceção do Oeste Catarinense, que deverá ter tempo mais seco.  Já no mês de abril todas as regiões devem registrar chuva e temperatura próxima à média climatológica no estado. Em fevereiro e março as massas de ar quente atuam com frequência, com dias consecutivos de temperatura alta, inclusive no período noturno. Ondas de calor, com cinco ou mais dias consecutivos de temperatura máxima acima de 30°C são esperadas no verão, porém sem muitos extremos. A partir da segunda quinzena de março e especialmente em abril começam a ocorrer episódios com temperatura mais baixa na madrugada e no amanhecer, com geada nas áreas altas do Planalto Sul, com a chegada das primeiras massas de ar frio a Santa Catarina. Também a partir de março ciclones extratropicais atuam com mais frequência no litoral do Uruguai, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, provocando vento intenso, mar agitado com ressaca e perigo para a navegação no litoral catarinense. Chuva De fevereiro a abril, a chuva deve ser irregular, associada à convecção ou aquecimento da tarde nos meses de verão, característica do verão. Segundo a meteorologista da Epagri/Ciram Gilsânia Cruz, os próximos três meses devem ter alta a incidência de eventos de chuva forte, com totais elevados em curto intervalo de tempo, temporais com forte atividade elétrica (raios), granizo e ventania devido ao predomínio das condições tropicais.  Conforme a meteorologista da Epagri/Ciram Marilene de Lima, a média mensal  de chuva em Santa Catarina em fevereiro é de 150 a 170 mm no Planalto e chega de 190 a 210 mm no Extremo Oeste, Oeste, Meio Oeste e no Litoral. Em março diminuem as chuvas de verão, e principalmente a partir da segunda quinzena as frentes frias chegam com mais frequência ao Sul do Brasil, sendo responsáveis pela maior parte da chuva no Estado, com média mensal variando de 100 a 130 mm do Extremo Oeste ao Planalto e de 150 a 210 mm no Litoral do Estado. Em abril, a chuva diminui ainda mais e a média mensal fica em torno de 110 a 170 mm, no Estado. Temperatura da Superfície do Mar Em dezembro de 2024 e janeiro de 2025 a Temperatura da Superfície do Mar ficou próxima a ligeiramente abaixo da média climatológica na área de monitoramento do Pacífico Equatorial, com anomalia negativa em torno de -0,5°C a -0,7°C, com condição de La Niña fraca devido às condições atmosféricas acopladas e o resfriamento. No trimestre fevereiro-março-abril persistem as condições associadas ao fenômeno La Niña, com fraca intensidade. === Com informações: ACOM / Epagri Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Arquivo / SECOM-SC

CHUVAS EM SC: EQUIPES DO GOVERNO DO ESTADO TRABALHAM NO AUXÍLIO À POPULAÇÃO ATINGIDA; LITORAL É A REGIÃO COM MAIS OCORRÊNCIAS

Foto: Roberto Zacarias

Equipes do Governo do Estado seguem atuando em auxílio à população devido a fortes chuvas que atingem, especialmente, o Litoral de Santa Catarina O governador Jorginho Mello reforça que o Estado segue atuando em todas as ocorrências e as equipes seguem mobilizadas e vigilantes desde a manhã desta quarta-feira, 16. “Nossas equipes seguem empenhadas com força máxima para atender nossa população. Infelizmente, mais chuvas estão a caminho. É importante que todos redobrem os cuidados, permaneçam em locais seguros, evitem sair de casa, em situações de risco, fiquem atentos a sinais de deslizamento e às recomendações dos órgãos oficiais. Se enfrentar uma situação de emergência, ligue para 199 ou 193”, afirma Jorginho Mello. Ocorrências Registradas A manhã desta quinta-feira, 16, foi marcada por chuvas fortes no litoral de Santa Catarina, com acumulados significativos de precipitação. Em cidades como Tijucas, Camboriú e Balneário Camboriú, os volumes já ultrapassaram 180mm, enquanto Itajaí registrou 150mm, números que representam até 70% da chuva esperada para todo o mês de janeiro. A atuação da circulação marítima sobre o estado e as características geográficas da região contribuíram para o aumento da intensidade das chuvas, especialmente no Baixo Vale do Itajaí e na Grande Florianópolis. Segundo a central de monitoramento da Defesa Civil, Itajaí foi um dos municípios mais afetados pelas fortes chuvas. O município registrou alagamentos em várias ruas e bairros, e 14 vias foram afetadas, com alguns pontos interditados. O número de residências danificadas ainda está sendo contabilizado, mas até o momento não houve residências destruídas. A cidade segue monitorando os danos e, por precaução, emitiu alertas, mas ainda não decretou situação de emergência. Em Balneário Camboriú, a situação foi grave com várias vias alagadas devido às enxurradas. Muitas pessoas ficaram ilhadas e isoladas. Para atender à população afetada, três abrigos foram abertos, sendo um no Bairro Itália, outro no Bairro Barra e um no Bairro dos Municípios. Embora a cidade tenha enfrentado grandes dificuldades, não houve registro de desalojados até o momento. As autoridades municipais decretaram situação de emergência, mas não solicitaram apoio com itens de ajuda humanitária. As autoridades locais continuam a avaliar a situação e coordenar a resposta. O município de Camboriú também foi afetado pelas enxurradas. Várias vias e bairros foram alagados, e houve dois deslizamentos de terra que atingiram residências no bairro Conde Vila Verde, mas felizmente sem vítimas. Um abrigo foi aberto para acolher os afetados pelas chuvas. Assim como Balneário Camboriú, Camboriú registrou danos consideráveis, mas ainda não há estimativas finais sobre os prejuízos materiais. Em Itapema, a situação também se agravou com registros de alagamentos em diversos bairros, com destaque para o Sertãozinho, Varzea, Ilhota, Alto São Bento e partes do Centro. Um abrigo foi aberto para abrigar as pessoas desalojadas, e o município estuda a possibilidade de decretar situação de emergência devido aos danos causados. Vias de grande circulação foram severamente afetadas, e a cidade segue em alerta. Outros municípios como Navegantes, Balneário Piçarras e Penha também sofreram com alagamentos pontuais, mas a situação já foi normalizada nesses locais, sem grandes danos. Em Porto Belo, houve alagamentos em algumas vias e a queda de uma árvore que obstruiu um córrego, alterando seu curso e atingindo parcialmente uma residência. O município está avaliando a necessidade de declarar situação de emergência. Por outro lado, Luiz Alves e Ilhota não registraram alterações significativas e não foram afetados de maneira grave. Alertas Geológicos e Risco de Deslizamentos Diante dos acumulados de chuva já registrados e da previsão de continuidade das precipitações, a Defesa Civil de Santa Catarina emitiu Alertas Geológicos para risco de movimento de solo nas cidades ao longo da costa do Baixo Vale do Itajaí e Grande Florianópolis. Os municípios mais afetados incluem Itajaí, Balneário Camboriú, Itapema, Porto Belo e Camboriú, na região do Baixo Vale do Itajaí, além de Florianópolis, Tijucas e Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis. A previsão é de que as chuvas sigam intensas nas próximas horas, com a possibilidade de novos acumulados significativos. O risco geológico nessas áreas é classificado como MUITO ALTO nas regiões indicadas em vermelho no mapa, e ALTO nas áreas em laranja, com maior probabilidade de deslizamentos e fluxo de detritos causados pelas enxurradas. Foto: Eduardo Valente/GOVSC Atenção à População das Áreas Críticas Com as condições climáticas instáveis, é fundamental que a população das áreas mais críticas, localizadas no Baixo Vale do Itajaí e Grande Florianópolis, redobre a atenção e siga as recomendações das autoridades locais. As medidas preventivas, como a evacuação de áreas de risco, são essenciais para minimizar danos e garantir a segurança de todos. A Defesa Civil reforça a necessidade de acompanhar os alertas em tempo real, que são divulgados por meio de SMS e nas redes sociais oficiais, e adota o nowcasting (previsão em tempo real) como ferramenta crucial para ajustes rápidos nas estimativas de precipitação. Corpo de Bombeiros Militar ativa unidades de Força-Tarefa para atendimentos em decorrência das chuvas Desde o início da manhã desta quinta-feira, 16, as equipes do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) estão empenhadas nos atendimentos às ocorrências no Estado, no litoral norte catarinense e grande Florianópolis. Até as 15h, foram registradas 123 ocorrências relacionadas ao evento climático, com o atendimento a 244 pessoas. Visando ampliar e assegurar a reposta operacional nas regiões, foram acionadas quatro Forças-Tarefa (FTs) para apoio aos atendimentos. Essas equipes são especializadas em busca e resgate em enchentes e enxurradas. Até este momento, foram registradas ocorrências nos municípios de: Balneário Camboriú, Camboriú, Itapema, Itajaí, Tijucas, Governador Celso Ramos, Itajaí e Florianópolis, com a atuação de todos os bombeiros militares do efetivo orgânico destas regiões. Os atendimentos englobam, principalmente, o resgate de vítimas ilhadas, incluindo animais; a desobstrução de vias, e pequenos deslizamentos. Ocorrências: “Estamos empenhados no atendimento de todas as ocorrências, com guarnições para apoio aos municípios que estão sendo mais severamente atingidos. Da mesma forma, também estamos de prontidão para apoiar na recuperação das áreas, com limpeza de ruas e reestruturação das cidades”, afirma o tenente-coronel Zevir Anibal Cipriano Junior, comandante interino da

BONS VOLUMES DE CHUVA FAVORECEM SEMEADURA E DESENVOLVIMENTO DA PRIMEIRA SAFRA

Dados foram publicados pela CONAB em boletim A primeira quinzena de dezembro foi marcada por bons volumes de chuva de Norte a Sul do país, o que favoreceu a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra. Estas informações estão presentes na edição de dezembro do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam). Os gráficos de evolução do índice de vegetação dos principais estados produtores de grãos indicam condições gerais favoráveis de desenvolvimento. Apesar do atraso na semeadura, o índice da safra atual está evoluindo próximo ou acima dos ciclos anteriores. Em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná, o índice de vegetação da safra atual superou o valor mais alto do índice das safras passadas, em função da condição das lavouras e do menor escalonamento do plantio. A semeadura do arroz na região Sul está praticamente concluída, com grande parte realizada dentro do período ideal. O milho primeira safra está se desenvolvendo em boas condições em quase todo o país, com a maioria das áreas na região Sul em estágios reprodutivos. A semeadura da soja recuperou o atraso inicial e a melhor distribuição das chuvas em dezembro beneficiou o desenvolvimento das lavouras. A colheita está próxima de ser iniciada. Apenas no semiárido do Nordeste e em partes do Matopiba as chuvas foram escassas ou irregulares. Isso impactou as lavouras de soja e milho primeira safra nas regiões nas quais foram registradas essa condição climática adversa. A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab. Clique aqui para acessar. Com informações: Gerência de Imprensa/CONAB Foto: Reprodução Capa Boletim CONAB 12/2024

Ministério antecipa pagamento do Bolsa Família no Rio Grande do Sul

Beneficiários irão receber pagamento no dia 17 de maio Brasília/DF, 03 de maio de 2024 – O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) informou que irá antecipar e facilitar o saque do Bolsa Família aos beneficiários em cidades afetadas pelos temporais no Rio Grande do Sul. Em razão da situação da calamidade no estado, o pagamento será unificado. Com isso, os beneficiários receberão no primeiro dia de pagamento previsto no calendário, independente do final do NIS. Neste mês, o primeiro dia de pagamento é 17 de maio. Diante de situações de calamidade, o MDS promove o pagamento unificado do Bolsa Família. A iniciativa permite a quebra do escalonamento, com a liberação de pagamento do benefício, independente do final do NIS, a partir do primeiro dia de pagamento previsto no calendário do Programa. De acordo com a pasta, o Bolsa Família pode ser sacado sem uso de cartão ou documento (para quem tenha perdido), com apresentação de uma Declaração Especial de Pagamento concedida pela prefeitura. O ministério ainda ampliou o prazo para as famílias que precisam atualizar o cadastro. “Ficam prorrogados os prazos de atualização cadastral e repercussão nos benefícios do Bolsa Família para as famílias incluídas nos processos de Averiguação Cadastral e Revisão Cadastral“, diz nota. O governo do Rio Grande do Sul solicitou ao ministério recursos para apoiar a população. A pasta informou estar em contato com a gestão estadual para definir a assistência social aos municípios afetados, como distribuição de cestas de alimentos. O estado enfrenta um de seus piores desastres climáticos. Os temporais causaram 13 mortes e deixaram 12 pessoas feridas. Há 21 pessoas desaparecidas e mais de 67.860 mil pessoas já foram de alguma forma afetadas por alagamentos, inundações, enxurradas e vendavais. O número de desalojados, ou seja, de pessoas forçadas a deixar suas casas e buscar abrigo na casa de parentes, amigos ou em hospedagens pagas, já chega a 9.993, enquanto os que tiveram que buscar abrigos públicos ou de entidades assistenciais totalizam 4.599. Parte da barragem da usina de geração de energia 14 de Julho, na bacia do Rio Taquari-Antas, localizada no município de Cotiporã (RS), na Serra Gaúcha, se rompeu no início da tarde desta quinta-feira (2). Segundo técnicos, o colapso deve aumentar o nível do Rio Taquari, colocando em risco cidades que ficam abaixo do local do rompimento. A Defesa Civil alerta para que os moradores dos municípios de Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas e Lajeado deixem as áreas de risco e procurem abrigos públicos ou outro local de segurança. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma comitiva de ministros estão no estado nesta quinta-feira (2). Lula afirmou que não faltarão recursos do governo federal no socorro à população e na reconstrução de municípios gaúchos atingidos por tempestades e enchentes. Foto: Lyon Santos/MDS/Agência Brasi

Governador alerta que nível do Guaíba pode alcançar recorde histórico em Porto Alegre

Previsão indica que até sábado o lago pode atingir cinco metros Em transmissão virtual realizada na noite desta quinta-feira (2/5), o governador Eduardo Leite alertou para a rápida elevação observada nas últimas horas no Guaíba, em Porto Alegre, que pode atingir quatro metros ao longo da madrugada de sexta-feira (3/5), podendo chegar a cinco metros até sábado. Caso a previsão se confirme, essa será a maior cheia da história da capital gaúcha, superando a enchente registrada em 1941. “Quero pedir mais uma vez que as pessoas tenham a percepção de urgência em relação ao que está ocorrendo no Estado. É muito importante que a população leve a sério as recomendações e busque se proteger, que atenda a esse chamado da emergência sem precedentes que estamos vivendo e deixe as zonas de risco”, enfatizou Leite. O governador ressaltou a magnitude da catástrofe natural que vem afetando o Estado desde a madrugada de segunda-feira (29/4). Segundo Leite, considerando as previsões de chuva intensa dos próximos dias, o evento meteorológico em curso será, possivelmente, a maior tragédia ambiental da história do Rio Grande do Sul. “Quero dizer à população que, como ser humano, eu estou devastado por dentro, como cada um dos gaúchos está. Mas, como governador, estou aqui firme e garanto que não vamos titubear. Estamos fazendo tudo com foco, atenção, disciplina e indignação, para que tudo que esteja ao nosso alcance seja feito, para colocar todas as estruturas em campo e garantir que todas as pessoas que estão suplicando por resgate sejam salvas”, afirmou. Levantamentos hidrológicos apontam que os rios Caí, Taquari e Jacuí estão enfrentando as maiores cheias já registradas, com previsão de aumento dos respectivos níveis nas próximas horas. A instabilidade climática persiste no Estado e, até sábado (4/5), deve avançar para as regiões da Serra e do Litoral Norte. Salvamentos O coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Luciano Boeira, apresentou um balanço do trabalho das forças de resposta do Estado nas operações de salvamento. Até o momento, foram resgatadas mais de 4.600 pessoas. As vítimas foram acolhidas pelas equipes de segurança e encaminhadas para atendimento médico ou direcionadas para abrigos públicos. Barragens O governador destacou a situação crítica da barragem Blang, no rio Caí, próximo de São Francisco de Paula, que está sob vigilância intensa devido ao risco de rompimento. Ele mencionou conversas com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), autarquia responsável pela fiscalização da represa, que assegurou a adoção imediata de medidas de emergência. Outra barragem em estado crítico é a de São Miguel, perto de Bento Gonçalves e Pinto Bandeira. Evacuações já estão sendo realizadas nas localidades próximas. Bases avançadas Leite ressaltou a importância dos gabinetes de crise avançados, instalados em Santa Cruz do Sul, Bento Gonçalves e São Sebastião do Caí, para a coordenação das operações de resgate e para responder de maneira eficaz às emergências nas regiões mais afetadas. “Estamos em permanente contato com os gabinetes avançados, ajudando a fazer todas as ações de campo, priorizando o resgate e o salvamento de vidas. Esses postos olham para todas as regiões próximas, em contato direto com as forças de segurança e as prefeituras”, disse Leite. Participaram da coletiva o vice-governador Gabriel Souza, que coordena o posto avançado em Santa Cruz do Sul; o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, que lidera a base de Bento Gonçalves; e o chefe de gabinete do governador, coronel Euclides Neto, que está à frente do gabinete alocado em São Sebastião do Caí.