PREÇO DO CESTO BÁSICO CONTINUA AUMENTANDO, APONTA ICC
Aumento acompanha a tendência nacional de inflação registrada pelo IPCA, que em março teve alta de 0,56%, o maior índice para o mês desde 2003 O Boletim de preços do Cesto Básico, desenvolvido pelo curso de Ciências Econômicas da Unochapecó e pelo Observatório Pollen, acompanha mensalmente os preços de 57 produtos e três serviços tarifados, considerando o consumo de famílias com renda entre 1 e 5 salários-mínimos. A coleta foi realizada nos dias 1 e 2 de abril em 10 estabelecimentos comerciais de Chapecó, e indicou que o consumidor chapecoense passou a precisar de 1,80 salários-mínimos para adquirir o cesto de produtos básicos em abril de 2025 O valor é maior do que o necessário em março, que era de 1,77 salários, isso indica perda no poder de compra, com acréscimo de R$47,62 no valor do cesto em comparação ao mês anterior. O aumento acompanha a tendência nacional de inflação registrada pelo IPCA, que em março teve alta de 0,56%, o maior índice para o mês desde 2003, puxado principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas. Entre os itens que mais encareceram estão os produtos in natura, sensíveis ao clima. O tomate foi o destaque negativo, com aumento de preço associado ao calor intenso nas regiões produtoras, o que acelerou sua maturação e reduziu a produtividade. Outro item com alta significativa foi o açúcar, impulsionado pela demanda elevada no país. Por outro lado, houve queda nos preços da cebola, devido à boa safra 2024/25, e nos ovos, que apresentaram retração de 1,18% em Chapecó, reflexo da sua sazonalidade. A batata, no entanto, já começa a registrar aumento em outras regiões, impactada pelas chuvas. O valor total do cesto em abril foi de R$2.738,70, frente aos R$2.691,08 de março. Os produtos alimentares somaram R$2.036,17, com destaque para os in natura (R$444,91), semi-industrializados (R$780,80) e industrializados (R$810,47). Já os produtos não alimentares, que incluem higiene e limpeza, registraram alta de 13,96%, sendo os itens de higiene avaliados em R$174,49 e os de limpeza em R$80,51. A alta nos produtos industrializados pode ser explicada pelo impacto do câmbio e do crédito mais caro. Dentro desse grupo, os custos com água, luz e gás de cozinha chegaram a R$447,53. Apesar disso, o gás de cozinha apresentou queda de 0,67%, influenciado pela redução do ICMS sobre o produto, anunciada em fevereiro pela Petrobras. A cesta básica, composta por 13 itens monitorados pelo DIEESE, também subiu em abril, apresentando variação de 5,89%. O custo passou de R$601,74 em março para R$637,15 em abril, exigindo agora 0,4205 salários-mínimos para sua aquisição, contra os 0,396 do mês anterior. O tomate e o açúcar foram os principais responsáveis pela alta, seguidos pelo café, que teve aumento de 5% em Chapecó, acompanhando a elevação de preços em âmbito global. O relatório completo pode ser acessado clicando aqui. === Foto: Site Unochapecó/Divulgação Com informações: Curso de Ciências Econômicas Unochapecó
EPAGRI DISPONIBILIZA LIVRO DE RECEITAS PREPARADAS POR EXTENSIONISTAS SOCIAIS
Biscoito de canela, preparado pela extensionista da Epagri em Joinville, Ana Lúcia Ribeiro Está disponível para livre download no site da Epagri o livro “Alimentação, afetividades e aprendizados no cotidiano extensionista”. É só clicar aqui para baixar a obra, que reúne receitas coletadas pelas extensionistas sociais da Epagri em suas experiências profissionais ou pessoais. A Epagri realiza um trabalho histórico com alimentação, promovido pela extensão social, com início que remonta à década de 1970. O objetivo sempre foi contribuir com a segurança alimentar e nutricional de famílias agricultoras, pescadoras, indígenas e quilombolas. Tal ação se reflete em qualidade de vida e melhoria da renda familiar nos meios rural e pesqueiro de Santa Catarina. Receitas doces e salgadas O livro está dividido em duas partes. Na primeira, relata a trajetória da extensão social na Epagri, promove reflexões sobre segurança alimentar e nutricional e sua prática no cotidiano, e levanta aspectos socioantropológicos da alimentação. A segunda parte apresenta as receitas coletadas junto às extensionistas, divididas entre doces e salgadas. São 90 pratos variados, que representam a diversidade sociocultural de Santa Catarina. Além da lista de ingredientes e do modo de fazer, os relatos trazem notas dos sentidos, aprendizados e afetividades das extensionistas. As receitas variam entre as mais tradicionais, como pão de trança, bijajica, calzone de frango, camarão ensopado, até algumas mais inusitadas, como bolo com yacon, biscoitos digestivos, risoto de maracujá e sardinha recheada. Clique aqui para baixar a versão em PDF do livro. === Com informações: ACOM | Epagri