SEMANA MUNDIAL DE AMAMENTAÇÃO 2024: PROMOVENDO A SAÚDE MATERNO-INFANTIL

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Data é comemorada de 1 a 7 de agosto

 

A Semana Mundial de Amamentação de 2024, comemorada de 1 a 7 de agosto, destaca-se como um evento crucial para a promoção do aleitamento materno em todo o mundo. Instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em 1992, a semana tem como objetivo aumentar a conscientização sobre os benefícios do aleitamento materno e incentivar políticas e práticas que apoiem essa prática vital para a saúde de bebês e mães. O Hospital Regional do Oeste apoia a campanha e promove durante a semana uma programação de encontros e palestras sobre o assunto.

Objetivos e importância

O principal objetivo da Semana Mundial de Amamentação é promover o aleitamento materno como uma prática essencial para o desenvolvimento saudável das crianças. O leite materno é considerado o alimento mais completo para os bebês, fornecendo todos os nutrientes necessários para os primeiros seis meses de vida, além de proteger contra doenças infecciosas e crônicas.

No Brasil, a taxa de aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade tem mostrado crescimento, mas ainda há desafios a serem superados. Dados do Ministério da Saúde indicam que, em 2019, cerca de 45,7% dos bebês foram alimentados exclusivamente com leite materno até os seis meses, um aumento em relação a anos anteriores, mas ainda abaixo da meta de 50% estabelecida pela OMS.

Dados globais

A nível mundial, a situação também apresenta avanços e desafios. De acordo com a OMS, apenas 44% dos bebês de 0 a 6 meses são exclusivamente amamentados. A meta global é atingir pelo menos 50% até 2025, um objetivo ambicioso que requer esforços conjuntos de governos, comunidades e organizações.

Os benefícios do aleitamento materno são vastos e bem documentados. Para os bebês, o leite materno oferece proteção contra infecções respiratórias, diarreia, e reduz o risco de desenvolver doenças como diabetes tipo 1 e 2, obesidade e leucemia infantil. Além disso, a amamentação promove o vínculo afetivo entre mãe e filho, essencial para o desenvolvimento emocional do bebê.

Para as mães, amamentar ajuda a reduzir o risco de câncer de mama e ovário, diabetes tipo 2 e depressão pós-parto. Também auxilia na recuperação pós-parto, ajudando o útero a voltar ao seu tamanho normal mais rapidamente.

Manutenção da amamentação

Para garantir a manutenção da amamentação por mais tempo, são necessárias várias ações coordenadas:

Políticas de apoio: Governos devem implementar e reforçar políticas que apoiem a amamentação, como licenças-maternidade adequadas e espaços de amamentação em locais de trabalho.

Educação e informação: Campanhas de conscientização e programas de educação sobre a importância do aleitamento materno são essenciais para mudar atitudes e práticas culturais.

Apoio às mães: A criação de redes de apoio, incluindo consultores de lactação e grupos de mães, pode oferecer suporte emocional e técnico às mulheres que amamentam.

Ambientes favoráveis: Criar ambientes públicos e privados que sejam favoráveis à amamentação, garantindo que as mães possam amamentar livremente sem discriminação.

A Semana Mundial de Amamentação de 2024 é uma oportunidade para reforçar esses pontos e renovar o compromisso global com a promoção do aleitamento materno, garantindo que mais crianças e mães possam desfrutar dos benefícios dessa prática essencial.

Alguns relatos

A doadora do Banco de Leite Materno do HRO, Simara Poganski, mãe do Valentim, amamenta há 10 meses e até os seis conseguiu manter a amamentação exclusiva.  “A amamentação para mim se tornou um sonho desde o momento que eu descobri que estava grávida, eu acho que toda mulher quando se torna mãe tem esse desejo de amamentar seu filho. No momento que o meu filho nasceu e veio chorando para o meu colo, começou a mamar e parou de chorar, foi muito gratificante, e foi um momento único, pois ele estava sendo alimentado, e ficou calminho, relaxou no meu colo, isso não tem preço, a partir desse momento começou minha amamentação”, relata Simara.

Mãe pela primeira vez, a doadora de leite, Ester Arini Feyh, conta que também desejava amamentar desde a gravidez. Quando o pequeno Miguel Antônio nasceu, pegou o peito de primeira, mas em seguida tiveram pequenas complicações, mas que foram superadas e que só fortaleceram o vínculo entre os dois. “Aquele momento pele a pele, olho no olho, agora que ele já tem quatro meses já interage comigo, sorri, tenta conversar, isso é muito gratificante. E ver o desenvolvimento, acima da média, e que segunda a pediatra é em decorrência da amamentação exclusiva, é muito gratificante.” conta.

Ester revela, ainda, que por ter uma produção acima da média, decidiu se tornar uma doadora de leite, por entender que poderia ajudar no desenvolvimento de mais bebês. “A doação de leite faz parte da amamentação, já está na minha rotina, amamento o Miguel, faço a higienização do seio, a extração e guardo para posterior doação. E o bebê está sempre comigo, se tornou meu companheiro, eu digo pra ele: “vamos lá entregar o leite para o amiguinho”. Eu tento tornar o máximo possível prazerosa a extração de leite, tento passar o mesmo carinho que tenho com o meu filho, pois sei que estou ajudando uma criança, mesmo que eu nunca irei conhecer, mas estou ajudando no desenvolvimento. Enquanto eu amamentar pretendo continuar sendo uma doadora de leite”, concluiu a doadora.

O Banco de Leite

O Banco de Leite Humano do Hospital Regional do Oeste (HRO), está com o estoque abaixo do limite desejável. O banco atende em média 30 recém nascidos de toda região Oeste de Santa Catarina que estão internados na Uti-neonatal, Uti-pediátrica, UCINCO e Emergência. O estoque tem em média 80 litros, porém atualmente está cerca de 30 litros abaixo do necessário para suprir a demanda. O banco é mantido por mães com produção de leite excedente, por isso se você é uma delas, faça seu cadastro, seja uma doadora e ajude os bebês recém-nascidos.

Os bancos de leite humano são uma ação estratégica da Política Nacional de Aleitamento Materno que visa apoiar e incentivar o aleitamento materno. Além disso, a política visa coletar, processar, armazenar e distribuir o leite humano doado com segurança para recém-nascidos prematuros e de baixo peso.

Os atendimentos do Banco de Leite Humano abrangem as nutrizes com recém-nascidos internados na Uti-neonatal, Uti-pediátrica, UCINCO, emergência do HRO e também o público externo que procura atendimento tanto para orientações referente ao aleitamento materno quanto para realizar doação do volume excedente.

Há no espaço uma equipe multidisciplinar destinada a dar todo o suporte necessário para as mães que desejam amamentar e manter a lactação em situações especiais, como é o caso das internações e/ou retorno ao trabalho, por exemplo. Faz parte das obrigações do banco realizar o processamento e distribuição do leite humano recebido de acordo com a condição clínica dos recém-nascidos.

O Banco de Leite é fundamental no apoio e incentivo ao aleitamento materno, beneficiando os recém-nascidos hospitalizados, contribuindo para saúde materna e neonatal, reduzindo a morbimortalidade e mortalidade neonatal.

Foto: HRO/Divulgação

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