PROCON/SC ALERTA PARA RISCO DE BEBIDAS ADULTERADAS COM METANOL

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Órgão orienta consumidores e fornecedores em Santa Catarina sobre sinais de falsificação e medidas de segurança

O Procon de Santa Catarina está em alerta diante de casos graves de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol registrados em São Paulo, que já causaram mortes e internações desde junho. O órgão orienta os consumidores a redobrarem a atenção na hora da compra e do consumo de bebidas alcoólicas e a denunciarem qualquer suspeita. O metanol é inodoro, incolor e não altera o sabor da bebida, o que torna difícil sua identificação sem análise laboratorial. Por isso, o foco está em observar embalagens, rótulos e pontos de venda.

Entre os principais sinais de alerta estão: preços muito abaixo do mercado, embalagens com erros de português ou lacres violados, ausência de informações como CNPJ, lote e validade, além de alterações de cor em bebidas que deveriam ser transparentes. Os sintomas de intoxicação costumam aparecer entre 6 e 12 horas após a ingestão e incluem visão turva, dor de cabeça intensa, náusea, vômito, dor abdominal e insuficiência respiratória. Nessas situações, é fundamental buscar atendimento médico imediato e acionar os canais de denúncia, como o Procon/SC, Disque-Intoxicação da Anvisa e os centros de informação toxicológica.

O órgão também reforça a responsabilidade dos fornecedores, que devem adquirir bebidas apenas de distribuidores formais, exigir nota fiscal válida, conferir lotes e rótulos e nunca aceitar produtos com embalagens suspeitas. O reenvase de garrafas é proibido, por aumentar o risco de fraude. Em caso de suspeita, a recomendação é suspender a venda imediatamente, preservar amostras e comunicar às autoridades.

Além da atuação em fiscalizações, o Procon/SC vai promover, em novembro, um treinamento para fiscais municipais com foco na identificação de bebidas adulteradas. O tema também está sendo discutido em nível nacional pelo Colegiado de Procons Estaduais, em busca de estratégias unificadas de combate à falsificação. A orientação final ao consumidor é clara: priorizar compras em locais de confiança, exigir nota fiscal e acionar os canais oficiais sempre que houver dúvida ou suspeita.

Imagem gerada por IA / Ascom Procon