Levantamento aponta concentração do inseto em Concórdia e Benedito Novo, exigindo atenção dos produtores
O monitoramento realizado pelo Programa Monitora Milho SC entre 8 e 15 de setembro registrou média estadual de menos de cinco cigarrinhas-do-milho por armadilha, número considerado normal para o período. Apesar disso, municípios como Concórdia, no Oeste, e Benedito Novo, no Vale do Itajaí, apresentaram maior concentração do inseto vetor, exigindo intensificação das medidas de controle.
Segundo especialistas da Epagri, a manutenção de baixos índices depende do manejo químico, preferencialmente aliado ao controle biológico. Essa combinação reduz o risco de transmissão de viroses e bactérias associadas ao complexo dos enfezamentos. Embora as cigarrinhas possam estar infectadas, nem sempre estão aptas a transmitir os patógenos imediatamente, já que o período de latência dentro do inseto é longo.
Atualmente, a maioria das lavouras catarinenses está na fase inicial de implantação, mas em alguns municípios as plantações já atingiram estágios críticos (V2 a V4), mais suscetíveis à inoculação de patógenos. Os sintomas, no entanto, só aparecem semanas depois, quando as plantas já estão em desenvolvimento. Análises laboratoriais recentes confirmaram a presença da bactéria do espiroplasma do enfezamento pálido em Guatambu, Planalto Alegre e Rodeio, além dos vírus do raiado fino e do mosaico estriado em lavouras do Oeste.
Criado em 2021, o Programa Monitora Milho SC fornece informações semanais sobre a presença da praga em todo o estado. Para apoiar o produtor, a Epagri também disponibiliza o aplicativo Epagri Mob, que oferece dados atualizados sobre incidência e infectividade das cigarrinhas, auxiliando na tomada de decisões para preservar a produtividade das lavouras.
