Crime brutal foi praticado com ajuda de adolescente; condenado também tentou enganar polícia e terá que indenizar família da vítima

Um homem de 27 anos foi condenado a mais de 18 anos de prisão por assassinar um jovem de 20 anos no distrito de Marechal Bormann, em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. O Tribunal do Júri local considerou o réu culpado por homicídio qualificado e por outros crimes ligados à tentativa de ocultar sua responsabilidade.

O assassinato ocorreu em novembro de 2023, após o suspeito, apontado como integrante de uma facção criminosa, se sentir incomodado com o envolvimento amoroso da vítima com uma mulher com quem ele havia tido um relacionamento. A emboscada foi armada na própria residência do autor, onde a vítima foi surpreendida e atingida por diversos disparos de arma de fogo. Mesmo após tentar fugir, o jovem foi alcançado e executado com dois tiros na cabeça.

Além do homicídio, o réu foi condenado por posse ilegal de arma, corrupção de menor e tentativa de fraude processual. Ele tentou convencer um adolescente de 14 anos a assumir a autoria do crime, mas a manobra foi desmascarada durante a investigação conduzida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

A sentença imposta soma 18 anos e cinco meses de reclusão, mais quatro meses e dois dias de detenção, além do pagamento de multa e uma indenização de R$ 50 mil à família da vítima. Como o réu já estava preso preventivamente, deverá continuar detido e não poderá recorrer em liberdade, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre decisões do Tribunal do Júri.

O Ministério Público destacou que o caso exemplifica o padrão de violência utilizado por facções em áreas vulneráveis, onde a imposição pelo medo ainda é uma realidade constante.

Foto: Ilustrativa