CIGARRINHA-DO-MILHO TEM BAIXA INCIDÊNCIA EM SC, MAS PRESENÇA DE BACTÉRIA ALERTA PRODUTORES

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Levantamento aponta situação positiva no estado, porém regiões como Mafra exigem atenção redobrada

O monitoramento realizado pela Epagri por meio do programa Monitora Milho SC aponta que a presença da cigarrinha-do-milho segue baixa em Santa Catarina, com média de menos de três insetos por armadilha em cada local avaliado. O resultado é considerado positivo e reflete a efetividade do manejo químico adotado pelos agricultores catarinenses na fase inicial da lavoura.

Apesar do cenário favorável, o município de Mafra, no Planalto Norte, registrou pelo segundo levantamento consecutivo a presença da bactéria do fitoplasma do enfezamento vermelho, o que acendeu o alerta na região. Casos semelhantes foram identificados em Rodeio, no Vale do Itajaí, com a ocorrência do vírus do rayado fino, e em Irati, no Oeste, onde também foi detectado o vírus do mosaico estriado. Os especialistas reforçam que este é o período mais crítico para a inoculação de patógenos, cujos sintomas só aparecem na fase reprodutiva ou durante o enchimento dos grãos, comprometendo a produção.

Para apoiar o setor produtivo, a Epagri disponibiliza informações atualizadas no aplicativo gratuito Epagri Mob, que permite acompanhar a evolução populacional da cigarrinha e os índices de infectividade. A recomendação é que agricultores e técnicos consultem semanalmente os boletins, já que a situação pode variar rapidamente.

O programa Monitora Milho SC, criado em 2021, reúne esforços de instituições como Epagri, Udesc, Cidasc e Secretaria de Estado da Agricultura, além de entidades do setor produtivo. A proposta é oferecer dados confiáveis para que os agricultores possam tomar decisões estratégicas e adotar o manejo integrado, combinando métodos químicos e biológicos, garantindo mais segurança e eficiência no combate à praga.