O pico da atividade está previsto para a madrugada de 21 para 22 de outubro, com possibilidade de observar até 20 meteoros por hora sob céus escuros e sem a interferência da Lua, que estará nova nesse período. Confira os detalhes
Entre os dias 2 de outubro e 7 de novembro, o céu será palco de um dos eventos astronômicos mais fascinantes do ano: a chuva de meteoros Orionídeos. O pico da atividade está previsto para a madrugada de 21 para 22 de outubro, com possibilidade de observar até 20 meteoros por hora sob céus escuros e sem a interferência da Lua, que estará nova nesse período.
Fragmentos do cometa Halley
Os Orionídeos são causados por partículas deixadas pelo cometa 1P/Halley, o mesmo responsável pelos Eta Aquáridas, que iluminam o céu em maio.
Esses pequenos fragmentos entram na atmosfera terrestre a altas velocidades, cerca de 66 km/s, queimando e produzindo os rastros luminosos que conhecemos como meteoros.
São meteoros rápidos, brilhantes e elegantes, muitas vezes deixando rastros persistentes que duram alguns segundos.
Observar os Orionídeos é, de certa forma, assistir ao rastro de um cometa lendário que visita o Sistema Solar interno a cada 76 anos.

Onde olhar
O radiante, ponto do céu de onde os meteoros parecem se originar, fica na constelação de Órion, próxima à estrela avermelhada Betelgeuse.
Mas atenção: você não precisa olhar diretamente para Órion. Os meteoros podem cruzar qualquer parte do céu.
Não sabe qual é a constelação de Órion? Lembra das três Marias? Fica nessa posição!
Onde e quando observar
Os Orionídeos podem ser observados de qualquer parte do planeta, com ótima visibilidade tanto no Hemisfério Norte quanto no Sul.
No Brasil, as condições são excelentes: o radiante de Órion fica visível durante a madrugada, especialmente entre meia-noite e o amanhecer.
Melhores horários:
– A partir da meia-noite, quando Órion começa a subir no céu.
– Entre 2h e 5h da manhã, quando o radiante está mais alto e a chance de ver meteoros é maior.
Melhores locais:
– Áreas rurais ou afastadas de grandes centros urbanos.
– Locais com horizonte aberto e pouca iluminação artificial.
O que esperar: ritmo e intensidade da chuva
Em condições ideais, céu escuro, sem nuvens e com o radiante alto, a chuva dos Orionídeos pode atingir uma taxa horária zenital (ZHR) de 20 meteoros por hora.
Na prática, observadores em boas áreas rurais podem ver entre 10 e 25 meteoros por hora.
Já em regiões com poluição luminosa, o número pode cair para alguns poucos por hora, mas cada um deles costuma ser brilhante o suficiente para valer a pena.
Como observar: dicas práticas para aproveitar o espetáculo
1. Escolha uma noite próxima ao pico (21–22 de outubro) e verifique a previsão do tempo para garantir céu limpo.
2. Afaste-se das luzes da cidade. Quanto mais escuro o local, melhor será a experiência.
3. Deite-se confortavelmente e olhe para uma área ampla do céu, os meteoros podem surgir em qualquer direção.
4. Evite luzes artificiais e permita que seus olhos se adaptem à escuridão por pelo menos 20 minutos.
5. Não use binóculos nem telescópio. A observação é a olho nu!
6. Leve agasalho, coberta, água e, se possível, boa companhia. Observar em grupo é mais seguro e divertido.
7. Se quiser contribuir com a ciência, anote suas observações e envie relatórios à International Meteor Organization (IMO) ou à American Meteor Society (AMS)
Referências
International Meteor Organization (IMO)
NASA – Meteor Showers
American Meteor Society (AMS)
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