CAMADA DE OZÔNIO APRESENTA RECUPERAÇÃO E PODE VOLTAR AOS NÍVEIS DOS ANOS 1980

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Boletim da OMM mostra redução do buraco sobre a Antártida em 2024

A camada de ozônio registrou avanços importantes em sua recuperação em 2024, de acordo com o Boletim de Ozônio divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). O relatório indica que o buraco sobre a Antártida foi menor que nos últimos anos, sinal de que as medidas internacionais de proteção ambiental têm dado resultado. A expectativa é que a camada se recupere totalmente até 2066 na Antártida, até 2045 no Ártico e até 2040 no restante do planeta, desde que as atuais políticas sejam mantidas.

O progresso é resultado direto da Convenção de Viena e do Protocolo de Montreal, tratados que proibiram a produção e o consumo de substâncias químicas responsáveis pela destruição do ozônio, como clorofluorcarbonetos usados em refrigeradores, sprays e espumas. Segundo a OMM, mais de 99% dessas substâncias já foram eliminadas, reduzindo os riscos de câncer de pele, catarata e danos a ecossistemas causados pela radiação ultravioleta.

Em 2024, a extensão do buraco da camada sobre a Antártida foi de 46,1 milhões de toneladas, abaixo da média registrada entre 1990 e 2020 e menor do que nos anos anteriores. Apesar do avanço, especialistas alertam para a necessidade de manter o monitoramento constante tanto das substâncias nocivas quanto de seus substitutos, além de seguir a Emenda de Kigali, que prevê a redução gradual de hidrofluorcarbonetos, também nocivos ao clima. A medida pode evitar até 0,5°C de aquecimento global até o fim do século.

Imagem: NASA