ANVISA APROVA MEDICAMENTO QUE PODE RETARDAR O ALZHEIMER

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Medicamento pode reduzir avanço da doença em 35%

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do donanemabe no Brasil, um novo medicamento que pode retardar a progressão do Alzheimer em estágios iniciais da doença. Comercializado sob o nome Kinsula e desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, o remédio já havia sido aprovado nos Estados Unidos em julho de 2024.

O donanemabe é administrado por via injetável, com aplicação mensal. Sua eficácia foi comprovada em um estudo clínico com 1.736 pacientes diagnosticados com Alzheimer em estágio inicial, que apresentavam comprometimento cognitivo leve e acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro – um dos principais marcadores da doença.

Os resultados do estudo indicaram que os pacientes tratados com o medicamento apresentaram uma progressão clínica 35% menor da doença em comparação com aqueles que receberam placebo. Além da redução na velocidade do avanço, também foram observadas melhorias significativas na cognição e na função cerebral dos participantes.

Apesar dos avanços, o uso do donanemabe apresenta contraindicações. O medicamento não deve ser utilizado por pacientes em uso de anticoagulantes, como a varfarina, ou por aqueles diagnosticados com angiopatia amiloide cerebral, condição que aumenta o risco de sangramentos no cérebro.

A doença de Alzheimer ainda não tem cura e seu desenvolvimento é progressivo. No entanto, medicamentos como o donanemabe representam um avanço importante no tratamento, oferecendo uma nova alternativa para pacientes nos estágios iniciais. A Anvisa continuará monitorando a eficácia e a segurança do remédio após sua introdução no mercado brasileiro.

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