Obra de Maria Tereza Sigwalt mistura investigação genealógica, memórias e história nacional para revelar os segredos de seu bisavô, um dos desbravadores de Chapecó. Assunto foi destaque no Chapecó Notícias desta sexta-feira (11)
O silêncio, às vezes, fala alto. Foi esse silêncio em torno da história de sua família que motivou Maria Tereza Sigwalt a mergulhar numa jornada de descobertas, resgate e escrita. O resultado dessa busca está em seu primeiro livro, “A Filha do Marechal – Resgates de Nossa História”, uma obra que entrelaça memória pessoal e História do Brasil com a sensibilidade de quem viveu cada página.
O ponto de partida foi uma viagem a Chapecó, em 2018, cidade que teve seu bisavô como um dos primeiros desbravadores. Aqui, Maria Tereza ficou surpresa ao descobrir que, apesar da importância histórica atribuída a ele, havia um enorme vazio em sua biografia – inclusive a ausência de filhos. O choque foi grande: sua avó, filha do “Marechal”, sempre falava com carinho do pai, e seu retrato imponente, cercado de medalhas, dominava a sala da casa da família. Como podia ele não existir oficialmente como pai?
O assunto foi destaque no Chapecó Notícias desta sexta-feira (11) que contou com a presença da escritora Maria Tereza Sigwalt
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O mistério se aprofundou com a ausência de qualquer registro sobre a bisavó. Nos documentos, nos relatos e até mesmo nas lembranças familiares, pairava um pacto de silêncio. Por quê? Quem era ela? O que se escondia por trás dessa história?
Determinação não faltou. Durante três anos, Maria Tereza percorreu cartórios, cemitérios, arquivos públicos, jornais antigos e bibliotecas físicas e digitais. Recompôs uma árvore genealógica fragmentada, conectou pontos soltos e, ao longo desse processo, deixou-se também tocar pelas transformações do Brasil, que servem de pano de fundo à trajetória de sua família. “A Filha do Marechal” é, assim, uma colcha de retalhos histórica – onde os fios da memória e da identidade familiar se entrelaçam com os grandes acontecimentos do país.
UMA VIDA DEDICADA AO CONHECIMENTO E À ARTE
Nascida em Niterói, em 1960, Maria Tereza Sigwalt se formou professora aos 18 anos e ingressou no curso de Pedagogia da Universidade Federal Fluminense. Posteriormente, transferiu-se para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, onde se casou e constituiu família.
Já foi Gerente de Marketing, Terapeuta Holística por duas décadas e, atualmente, se dedica ao Patchwork – uma arte que, curiosamente, reflete sua maneira de ver a vida: composta por partes que, unidas com cuidado e intenção, criam algo belo e significativo.
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