CHAPECÓ: MORRE VICTORINO ZOLET

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Pioneiro da fotografia tinha 94 anos

Faleceu nesta quinta-feira, 25 de julho, Victorino Biazio Zolet. Grande colaborador e incentivador da comunidade, tinha 94 anos.

Entre as diversas ações desenvolvidas na sociedade chapecoense, foi um dos idealizadores do monumento O Desbravador, sócio fundador do Lions Clube e empresário do ramo fotográfico.

Grande parte dos registros históricos do município foram feitos pelas lentes de suas câmeras fotográficas.

Ao longo da vida, recebeu diversas homenagens e também ministrou palestras.

O velório ocorre na Funerária Wolff, em Chapecó, e o sepultamento está marcado para às 17h desta quinta-feira (25) no Cemitério Ecumênico de Chapecó.

Descendente de italianos Belluneses, a família Zolet chegou ao Brasil em 27/01/1890. Biággio Zolet, 44 anos e a mulher Maria, da família Lizot, chegaram a Borgo Forte, Colônia Antônio Prado, com sete filhos. Stefano, um deles, casou com Palmira Giuliani e, entre dez filhos, o casal teve Olivo, o segundo pela ordem. Este, de seu casamento com Vergínia Deboni, também teve nove filhos, sendo Victorino Biágio, o quinto.

De uma família pobre, neto de italianos, Victorino nasceu no dia 03 de fevereiro de 1930 em Paraí, então ainda município de Lagoa Vermelha, para onde a família havia migrado. Em abril de 1930 Olivo, com a família, muda-se para Concórdia, onde Victorino residiu com os pais por 20 anos. Em escola primária improvisada, única que havia em Concórdia, entre 1937 e 1940 Victorino cursou o primário quando aprendeu a falar a língua portuguesa, pois em família só falava o dialeto vêneto.

Para fugir das agruras e da carestia da Segunda Guerra, Olivo leva parte da família para a colônia onde plantam para a própria subsistência. Victorino, além do trabalho na lavoura, ajuda o pai numa pequena ferraria. Em março de 1945, com apenas 15 anos, Victorino vai trabalhar no frigorífico Sadia. Quem assina a carteira de trabalho é o próprio Atílio Fontana. É seu primeiro trabalho. Após quatro anos, deixa o trabalho para ser chofer de caminhão.

Pelas mãos do fotógrafo, tio Albino Deboni, que prevê brilhante futuro, ingressa na profissão. Em União da Vitória e Caçador cursa o Artigo 91, correspondente ao curso ginasial. Diploma-se em Técnico em Contabilidade. Em 03 de dezembro de 1956, o fotógrafo Victorino chega a Chapecó onde instala seu estúdio. Já integrado na cidade com um vasto círculo de amizades, em 16 de janeiro de 1960 casa-se com Zilma Therezinha Aiolfi e geraram quatro filhos.

Victorino passou a contar com o apoio da esposa Zilma em todas as atividades. A participação dela sempre foi de vital importância. Nesse contexto, o hábito do lazer e a harmonia da família no descanso das férias com inúmeras viagens, sempre foram marca Zolet em inúmeras viagens, sempre fotografando e filmando novas regiões, países e diferentes hábitos culturais.

Casados, fotógrafos e empresários do ramo fotográfico e da construção civil, Victorino e Zilma orgulham-se dos filhos graduados e com mestrado que lhe deram sete netos. Com o casamento, família e negócios consolidados, o casal participa ativamente com atuação nos mais diversos setores da vida comunitária chapecoense: sócio fundadores do Sindicato do Comércio Varejista, do Clube de Diretores Lojistas, da Associação dos Aposentados e Pensionistas da Previdência. Sócios remidos, como atuantes por mais de 30 anos, das sociedades: Clube Recreativo Chapecoense, Clube Recreativo Industrial, Clube do Tiro, Caça e Pesca Caramuru e Contry Club. Atuaram também, com passagem marcante, na Associação Comercial e Industrial de Chapecó, sendo, inclusive, presidente por dois anos. Por mais de 20 anos na Ação Social Diocesana, Movimento Familiar Cristão, Cursílio e na preparação de jovens para o casamento, em cursos para noivos.

O casal Victorino e Zilma é sócio fundador do Lions Clube Chapecó, por mais de 43 anos, construindo uma incomparável folha de serviços onde passou por todos os cargos, tendo participado como membro do Gabinete da Governadoria e eleito Governador do Distrito L-23 de Lions Internacional nos anos 1975/76 e, ao final da gestão, contemplado com a distinção de Governador 100%, pelo fiel cumprimento das metas estabelecidas.

Com o tempo, Victorino desenvolveu a habilidade da oratória sendo solicitado, com frequência, para proferir palestras no meio leonístico, movimento familiar cristão de orientação a jovens e até aos colegas fotógrafos, além de ser palestrante do programa Vida Empresarial promovida pela Associação Comercial e Industrial de Chapecó em convênio com a Unochapecó.

Fonte: Livro – Victorino B. Zolet – 50 anos Fotografando Chapecó

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