Neste ano, o Procon chegou a multar a estatal pelo elevado número de denúncias de falta de água
A Prefeitura de Chapecó iniciou nesta semana um processo de rompimento de contrato com a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN), a partir do encaminhamento de uma notificação para a direção da empresa.
“Chegamos ao limite. Desde o início do mandato nós estamos cobrando ações e melhorias no serviço de abastecimento de água e esgoto e no entanto a falta de água é constante nos bairros. A Casan não tem cumprido o contrato. O desperdício de água passa de 40% enquanto que o limite era de 30%, além de outros itens que não estão sendo cumpridos. Em respeito ao cidadão que paga sua conta e muitas vezes não recebe água, nós estamos encaminhando o processo de rompimento. Claro que isso pode gerar um embate judicial mas a nossa intenção é assumir o serviço e criar uma Companhia Municipal de Água e Esgoto”, disse o prefeito, João Rodrigues.
O Procurador Geral do Município, Jauro Sabino Von Gehlen, mencionou que a notificação foi enviada via correio na última segunda-feira (15).
Além do índice de vazamento, a Procuradoria destacou na notificação o não cumprimento do índice de 95% na continuidade do abastecimento, a meta de 40% no atendimento do esgoto, além de outras melhorias e obras.
A CASAN não deu início às obras de captação do Rio Uruguai, conforme o Termo de Compromisso assinado em fevereiro de 2022, e está com o cronograma atrasado das obras de captação do Rio Chapecozinho, que tinha previsão para julho de 2025.
Neste ano, o Procon chegou a multar a estatal pelo elevado número de denúncias de falta de água.
De acordo com o procurador Jauro Sabino Von Gehlen, a partir de agora a CASAN tem 30 dias para responder ou atender ao que foi apontado na notificação, sob pena de rompimento do contrato por não cumprimento de seus termos.
Foto: Arquivo PMC/2022