Santa Catarina intensifica ações de prevenção, diagnóstico e tratamento diante dos altos índices da doença
Santa Catarina amplia os esforços de prevenção e tratamento do câncer de pele durante o Dezembro Laranja. Entre os dias 15 e 19, o Hospital Santa Teresa, em São Pedro de Alcântara, realizará cerca de 100 cirurgias voltadas ao tratamento da doença, atendendo pacientes que aguardam na fila do Sistema de Regulação. A iniciativa integra uma mobilização estadual que envolve outras unidades da rede pública de saúde, com ações educativas e estratégias de diagnóstico precoce, reforçando a importância da proteção solar e do acompanhamento médico regular.
O Hospital Santa Teresa, referência estadual em dermatologia, registrou números expressivos em 2025: de janeiro a novembro, foram realizadas 3.200 biópsias, das quais 87% tiveram resultado positivo para algum tipo de câncer de pele. Somente neste ano, mais de 3.200 cirurgias foram feitas no local, variando de procedimentos simples a reconstruções mais complexas. O Estado segue em alerta, já que o câncer de pele é o mais incidente em Santa Catarina, com destaque para os carcinomas, que aparecem como feridas persistentes, e o melanoma, mais agressivo e potencialmente fatal.
O diagnóstico precoce é decisivo para aumentar as chances de sucesso no tratamento. Por isso, ao notar qualquer alteração suspeita na pele, como manchas, feridas que não cicatrizam ou pintas que mudam de cor e formato, a recomendação é procurar uma Unidade Básica de Saúde. De lá, o paciente pode ser encaminhado para avaliação especializada e, se necessário, para tratamento cirúrgico.
Dados do Instituto Nacional do Câncer mostram que Santa Catarina lidera o país em incidência de melanoma, com projeção de 13,91 novos casos por 100 mil habitantes em 2025 — mais que o triplo da média nacional. Só entre janeiro e agosto deste ano, o estado registrou mais de 3 mil casos de câncer de pele não melanoma e outros 349 diagnósticos de melanoma. Em 2024, os hospitais habilitados em oncologia realizaram mais de 600 cirurgias para tratar a forma mais agressiva da doença, reforçando a necessidade de vigilância constante e adoção de hábitos de proteção solar.
Foto: Marco Favero/ Arquivo/ Secom GOVSC