CHAPECÓ: GAPA LEVA CONTEÚDOS DE SAÚDE ÀS COMUNIDADES INDÍGENAS

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Materiais sobre HIV e tuberculose serão apresentados e discutidos com os povos Kaigang e Guarani

Com o objetivo de orientar a população, o Gapa desenvolve vários projetos. Neste mês, são dois que estão voltados à saúde pública. O “Envolver TB” atua na prevenção da tuberculose e já o “Prevenção Sem Fronteiras” trabalha com HIV e infecções sexualmente transmissíveis, ambos com foco em quatro grupos: populações indígenas Kaigang e Guarani, pessoas privadas de liberdade, pessoas com HIV e imigrantes venezuelanos.

No dia 21 de novembro, será realizada uma apresentação na aldeia Kondá, às 19h. O encontro segue inicia com exibição do material audiovisual sobre HIV e, após, discussão com a comunidade. Já no dia 29 de novembro, a equipe vai apresentar dois materiais na comunidade indígena Araçai, em Chapecó.

Os vídeos tratam de prevenção ao HIV e à tuberculose. A atividade inicia às 10h, seguida de discussão do conteúdo com os moradores. O encontro encerra com almoço típico. Essa apresentação é parte do processo de validação do material com o público que participa da construção das ações.

Objetivos e desenvolvimento dos materiais

A proposta do projeto é produzir materiais informativos adaptados à linguagem e à cultura desses públicos, sendo produzidos em quatro idiomas: Kaigang, Guarani, espanhol e português. O formato inclui vídeos curtos, podcasts, materiais para redes sociais e impressos. Para construir esse material, a equipe promove encontros nas comunidades, discute os temas com grupos focais e adapta as informações para termos de fácil compreensão.

O diretor executivo do Gapa, Riccardo Felippini Malacarne, explica que a produção dos materiais ocorre nas próprias comunidades. “A intenção é que o conhecimento permaneça com elas após o encerramento dos projetos. Trabalhar na língua de cada grupo permite que as informações circulem e fortaleçam a preservação cultural. Todos os materiais também apresentam orientações sobre políticas públicas e o sistema de saúde, para que as comunidades conheçam seus direitos e possam reivindicar melhorias”, enfatiza.

A atuação abrange unidades prisionais da Superintendência Oeste e municípios atendidos pelo Serviço de Atenção Especializada em HIV, localizado em Chapecó, totalizando 38 municípios. As ações seguem até junho e julho de 2026, conforme o cronograma de cada projeto, com o objetivo central é estimular o diagnóstico precoce de HIV, Hepatite B, sífilis e tuberculose.

Riccardo reforça que a orientação é que as pessoas busquem testagem ao identificar sintomas e realizem o tratamento até o fim. Ele pontua que ampliar o acesso à informação aumenta a procura pelos serviços de saúde, fortalece o envolvimento das comunidades e estimula a participação e o controle social nas políticas públicas.