CASOS DE DENGUE DESPENCAM EM SANTA CATARINA, MAS MINISTÉRIO MANTÉM ALERTA E INVESTE EM NOVAS TECNOLOGIAS DE CONTROLE

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Campanha nacional reforça prevenção contra o Aedes aegypti e anuncia investimento de R$ 183,5 milhões para ampliar ações em todo o país

Santa Catarina registrou uma queda expressiva de 92% nos casos prováveis de dengue em 2025, mas o Ministério da Saúde alerta que o combate ao mosquito Aedes aegypti deve continuar. O estado contabiliza 25,4 mil casos neste ano, contra 333 mil em 2024, e 21 mortes — número muito inferior às 341 registradas no ano anterior. Mesmo com a redução, o governo federal reforça que as mudanças climáticas aumentam o risco de transmissão e, por isso, lançou a nova campanha “Não dê chance para a dengue, zika e chikungunya”, voltada à conscientização da população e dos gestores públicos.

Em todo o país, o Ministério da Saúde registrou 1,6 milhão de casos prováveis, uma queda de 75% em comparação com 2024. Para fortalecer as ações de controle, a pasta anunciou um investimento de R$ 183,5 milhões no ciclo 2025/2026, voltado à ampliação de tecnologias de combate ao mosquito, como o método Wolbachia — que reduz a capacidade de transmissão das doenças —, as Estações Disseminadoras de Larvicidas e a técnica do inseto estéril. O objetivo é expandir essas iniciativas para mais 70 municípios brasileiros, incluindo 13 ainda neste ano.

O Ministério também marcou o “Dia D da Dengue” para o próximo sábado (8), com mobilizações em todo o país. A campanha nacional adota o lema “Contra o mosquito, todos do mesmo lado” e busca envolver a sociedade na eliminação de criadouros e no reforço das medidas de prevenção. Paralelamente, o governo ampliou a estrutura de enfrentamento com a Força Nacional do SUS, que já distribuiu milhões de testes, sais de reidratação e equipamentos de nebulização para os estados mais afetados.

A estratégia de combate inclui ainda a produção de mosquitos com a bactéria Wolbachia em uma biofábrica inaugurada em Curitiba, considerada a maior do mundo, com capacidade para gerar 100 milhões de ovos por semana. Outro avanço é a expectativa de início da produção nacional da vacina contra a dengue, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a WuXi Biologics, com registro previsto pela Anvisa até o fim do ano. A partir de 2026, o Brasil deve produzir mais de 40 milhões de doses anuais, consolidando o maior programa público de imunização contra a dengue do país.