Silvicultura responde por mais de 80% do valor, com destaque para o setor de celulose, líder nas exportações

A produção florestal brasileira alcançou R$ 44,3 bilhões em 2024, um crescimento de 16,7% em relação ao ano anterior e de 140% em comparação a 2019. Os dados são da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (25). O levantamento mostra que a silvicultura – florestas plantadas – respondeu por 84,1% do total (R$ 37,2 bilhões), enquanto o extrativismo de áreas naturais representou 15,9% (R$ 7 bilhões).

O setor madeireiro domina a produção, sendo a madeira em tora para papel e celulose responsável por 40,1% do total. Em 2024, o país atingiu recorde de 122,1 milhões de metros cúbicos nessa categoria, consolidando o Brasil como maior exportador mundial de celulose, à frente do Canadá. Foram 19,7 milhões de toneladas exportadas, gerando US$ 10,6 bilhões, com a China, Estados Unidos, Itália e Países Baixos como principais destinos.

A produção florestal está concentrada no Sudeste e no Sul, que juntos respondem por 65,7% do total. Minas Gerais lidera entre os estados, com R$ 8,5 bilhões, enquanto o município de General Carneiro (PR) ocupa o topo do ranking nacional, com R$ 674,4 milhões. A área plantada no país chega a 9,9 milhões de hectares, principalmente de eucalipto, espécie que responde por mais de 77% das florestas cultivadas, devido ao rápido crescimento e versatilidade de uso.

No extrativismo vegetal, a atividade madeireira também predomina, mas os produtos alimentícios têm participação relevante, com destaque para o açaí, que sozinho representa metade do valor gerado nesse segmento. O Pará é o maior produtor nacional, enquanto a erva-mate se concentra no Sul, especialmente no Paraná. Esses números reforçam a importância das florestas brasileiras tanto para a economia interna quanto para o comércio internacional.

Foto: CNA/Wenderson Araujo/Trilux