Setor acumula seis meses de alta, enquanto indústria e comércio recuam
O setor de serviços do Brasil registrou crescimento de 0,3% em julho na comparação com junho, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (12). Foi a sexta alta consecutiva, acumulando avanço de 2,4% desde fevereiro e renovando o maior patamar já alcançado pela série histórica. Na comparação com julho de 2024, o setor subiu 2,8%, e no acumulado dos últimos 12 meses, 2,9%.
Três das cinco atividades pesquisadas tiveram desempenho positivo: informação e comunicação (1%), serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%) e serviços prestados às famílias (0,3%). Já transportes (-0,6%) e outros serviços (-0,2%) registraram queda. Entre os destaques, tecnologia da informação cresceu 1,2% e telecomunicações, 0,7%. Em nível regional, 12 das 27 unidades da federação acompanharam a alta, com maior impacto em São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rondônia.
O setor de serviços é o que mais emprega no país e vem sustentando parte do crescimento da economia, mesmo diante do recuo da indústria (-0,2%) e do comércio (-0,3%) em julho. Para o IBGE, a digitalização acelerada desde a pandemia, com maior demanda por tecnologia e serviços digitais, explica parte dessa resiliência. Atividades ligadas a plataformas online e delivery também têm impulsionado o desempenho, menos afetado por fatores macroeconômicos como a alta dos juros.
Foto: Agência Brasil
