É HOJE O DIA: A MÚSICA NATIVISTA TOMA CONTA DE CHAPECÓ

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2º Balseiros da Canção Nativa faz parte das comemorações aos 108 anos da cidade

Inicia hoje a segunda edição do festival nativista, que entrou para o calendário oficial de eventos de Chapecó. Serão duas noites de pura música, arte e nativismo. A grande novidade de 2025 é a mudança do evento para o Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes. No novo formato, 18 músicas passam pelo palco principal na sexta-feira e no sábado retornam apenas 12 canções. “Promete ser ainda maior que a edição anterior”, afirma Milton César Hoff, Presidente da Confraria Musiqueira. São esperadas três mil pessoas entre a comunidade chapecoense e cidades da região.


Entre as músicas selecionadas, o ritmo que mais aparece é a milonga seguida do chamamé. Para Gaudério Gabriel, que compõe a comissão avaliadora, a preferência desses ritmos pode ter relação com as músicas escutadas pelos balseiros na região de Corrientes, principalmente pela influência dos chamamezeiros da Argentina. “E a milonga originária da região do Rio da Prata, com suas raízes na Argentina, Uruguai e Rio Grande do Sul sempre exerceu forte influência musical entre cantores e compositores. Principalmente por ser canal de expressão de sentimentos, ideias e histórias pessoais através da música”, complementa ele.


João Carlos Fortes e Lu Muniz são as vozes do palco principal, conduzindo a apresentação das obras. Outro detalhe do festival fica por conta das entrevistas com os artistas realizada pela jornalista e tradicionalista Thais Dutra. Com tema central “Os Balseiros”, o evento resgata as memórias dos valentes homens do Rio Uruguai. Por isso, os troféus são confeccionados por um artista plástico e historiador, que nutre carinho e conhecimento pelo assunto. Xiko Bracht assina os troféus alusivos ao tema do festival.


Na noite de hoje, o público aprecia como show de abertura o dueto entre Miguel Marques e Nenito Sarturi intitulado “Antigos”. Na sequência acontece a apresentação das músicas concorrentes. Ao final da programação serão anunciadas as 12 canções finalistas, que retornarão ao palco no sábado (23) para disputar a premiação que ultrapassa R$ 200 mil. Na noite das finalíssimas, o show de abertura fica por conta do Grupo Confraria Musiqueira e o show de encerramento sob o comando de Cristiano Quevedo.


Alguns dos nomes mais conhecidos do universo nativista que se apresentam em Chapecó são: Cícero Fontoura, Ângelo Franco, Nilton Ferreira, Juliano Moreno, Jari Terres, Adriano Posai, Lu Schiavo, Tuny Brum, Itacir Vieira, João Paulo Deckert, Daniel Silva, Ênio Medeiros, Índio Ribeiro, Flávio Hansen, Adriano Gross, Eduardo Maycá, Robledo Martins, Kiko Martins, Alex Moreira, José Ricardo Nerling e Antonio Carlos Soares. Representando países vizinhos, o uruguaio Eduardo Fabra e o grupo argentino Los Nuñes. Também conta com a participação das flautistas Charlise Bandeira e Ana Cláudia Rizatto representando o segmento instrumental feminino no festival.

Segundo o Coordenador Geral, João Carlos Fortes, o festival consagra-se como o maior evento do segmento na América do Sul. “Podem esperar qualidade em todos os sentidos, desde as composições, intérpretes, músicos, equipamentos sonoros e, claro, de público. Além da qualidade técnica, o festival, na atualidade, é o que melhor oferece ajuda de custo aos artistas e também em premiação final”, ressalta ele.

O evento inicia hoje às 20 hs e conta com estrutura completa, incluindo mesas e praça de alimentação, o evento conta garçons e conforto. Com preços populares, as mesas podem ser adquiridas presencialmente no Bolicho do Gaudério ou pelo WhatsApp (49) 99961-5700 (Nadir), ao valor de R$ 300,00 para as duas noites. Ingressos individuais ao valor de R$50,00 podem ser adquiridos no dia do evento. O festival é promovido pela Confraria Musiqueira, com apoio da Prefeitura de Chapecó e da Secretaria Municipal de Cultura. A iniciativa integra o projeto Memórias dos Balseiros – Arte e Cultura, viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura.