CHAPE FUTSAL PARA NA SEMI DA SÉRIE OURO
Equipe leva decisão à prorrogação, mas é superada pelo Joinville A Prefeitura de Chapecó/Chapecoense/Unochapecó fez uma de suas atuações mais aguerridas na temporada, mas acabou superada pelo Joinville na disputa pela vaga à grande final da Série Ouro do futsal catarinense. Mesmo diante de um dos elencos mais fortes do país, o Verdão das Quadras vendeu caro a eliminação e ratificou a evolução do projeto em 2025. Depois da vitória por 3 a 2 conquistada na última quarta-feira (3/12), no Ginásio Plínio Arlindo De Nes (SER Aurora), a decisão da vaga ocorreu neste domingo (7/12), no Centreventos Cau Hansen, em Joinville. No tempo normal, o Joinville venceu por 3 a 1. Na prorrogação, triunfo dos donos da casa por 3 a 2. A Chape Futsal começou surpreendendo o adversário logo aos 49 segundos, quando Ximba abriu o placar. A equipe da casa respondeu com pressão intensa, mas encontrou uma defesa sólida e grandes defesas do goleiro Rennan Cabral. O empate veio aos 10’22, definindo o 1 a 1 da primeira etapa. No segundo tempo, o Joinville virou em cobrança de pênalti contestada, convertida por Dieguinho aos 9’04”. O terceiro gol saiu aos 9’47”, com Eder Lima. Assim, a disputa foi para a prorrogação. No tempo extra, Pedro Rei marcou primeiro para o JEC. Kassula empatou aos 2’43”, mas Eder Lima recolocou o time da casa em vantagem aos 4’55”. Já na segunda etapa, Kevin ampliou aos 1’45”. A Chape descontou com Lucas, aos 3’30”, pressionando até o fim, mas o placar não mudou. O Joinville agora fará a final contra o Jaraguá. Foto: Divulgação/@rogersilva_fotografia/@achapefutsal
INCÊNDIO ATINGE EMPRESA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO EM CORONEL FREITAS
Guarnições atuam no rescaldo após chamas serem controladas pela equipe local Um incêndio atingiu uma empresa de materiais de construção na tarde deste domingo (07), em Coronel Freitas, no Oeste de Santa Catarina. A ocorrência foi registrada por volta das 13h00min, mobilizando equipes do Corpo de Bombeiros Militar. O trem de socorro do Quartel de Quilombo foi deslocado para prestar apoio à guarnição de Coronel Freitas. Ao chegarem ao local, os bombeiros confirmaram que o fogo já havia sido controlado pela equipe que primeiro atendeu a ocorrência, restando apenas focos isolados de calor. A atuação concentrou-se nas ações de rescaldo, que envolveram a eliminação de pontos remanescentes e a garantia de que o incêndio não voltasse a se propagar. A área atingida era de aproximadamente 1.000 m², e cerca de 1.000 litros de água foram utilizados no trabalho. Com a chegada do apoio de Chapecó, a equipe de Quilombo foi dispensada e retornou ao quartel sem alterações. As causas do incêndio não foram informadas e, uma perícia será ser realizada nos próximos dias. Foto: Divulgação/CBMSC
COMENDA DO LEGISLATIVO CATARINENSE HOMENAGEIA 41 PERSONALIDADES E ENTIDADES NESTA SEGUNDA-FEIRA (8)
Alesc realiza sessão solene nesta segunda-feira (8) para entrega da Comenda do Legislativo Catarinense 2025, homenageando 41 personalidades e entidades. Reconhecimento e Solenidade Quarenta e uma personalidades e organizações serão homenageadas na noite desta segunda-feira (8), às 19h, com a entrega da Comenda do Legislativo Catarinense 2025, a mais alta honraria concedida pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina. A sessão solene será realizada no Plenário Deputado Osni Régis e reunirá autoridades de todas as regiões do estado, além dos homenageados e seus familiares. A solenidade será transmitida ao vivo pelo canal oficial da Alesc no YouTube. Propósito e Pluralidade da Honraria Em sua 16ª edição, a Comenda mantém o propósito de reconhecer e valorizar pessoas físicas e entidades jurídicas que desempenham papéis relevantes no desenvolvimento social, econômico e humano de Santa Catarina. Instituída pela Resolução 2/2008, a honraria unificou premiações anteriores concedidas pelo Parlamento, consolidando-se como um símbolo de valorização e pluralidade. A distinção reforça o caráter democrático da Alesc ao permitir que todos os segmentos sociais, de diferentes regiões, estejam representados entre os agraciados. Lista de Homenageados por Deputado Homenageados de 2025 Perguntas Frequentes 1) O que é a Comenda do Legislativo Catarinense?É a mais alta honraria concedida pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina, instituída pela Resolução 2/2008. 2) Quantas pessoas e entidades serão homenageadas?Quarenta e uma personalidades e organizações serão homenageadas na 16ª edição. 3) Qual o propósito da honraria?Reconhecer e valorizar pessoas físicas e entidades jurídicas que desempenham papéis relevantes no desenvolvimento social, econômico e humano de Santa Catarina. === Com informações: Valquíria Guimarães – Agência ALSC Foto: Rodolfo Espínola/Agência AL
QUARTÉIS DO CBMSC RECEBEM NOVA PINTURA E CORPORAÇÃO PREVÊ ECONOMIA DE MAIS DE R$ 39 MILHÕES
Visando à otimização de recursos, a nova cor adotada possui maior durabilidade O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) está promovendo a revitalização da pintura dos quartéis em todo o estado. A mudança faz parte de um estudo técnico que busca aliar economia, durabilidade e renovação da identidade visual. Com isso, a tradicional cor amarela está sendo substituída pelo cinza crômio. Atualmente, a cor aplicada nas edificações utiliza corantes orgânicos, o que resulta em desbotamento acelerado. Já a nova tonalidade apresenta maior resistência às intempéries, preservando a estética por mais tempo e reduzindo os custos com manutenção. “Estamos visando principalmente a economia, a durabilidade e a modernização das nossas instalações. Essa nova cor muito mais que uma identidade visual vai ao encontro de uma gestão pública mais austera, com responsabilidade dos gastos públicos, fazendo com que os nossos quartéis fiquem mais bonitos e econômicos ao longo do tempo “, explica o Comandante-Geral do CBMSC, coronel Fabiano de Souza. A projeção é que, ao longo de 20 anos, a adoção da nova cor gere uma economia superior a R$ 39 milhões em materiais e mão de obra que seriam utilizados para repintura. O estudo técnico também levou em conta aspectos térmicos: cores mais claras absorvem menos calor, o que proporciona maior conforto térmico nas edificações. Além da durabilidade e eficiência, a nova identidade visual busca padronizar as instalações do CBMSC em alinhamento com outros Corpos de Bombeiros do país, que já utilizam cores semelhantes. A expectativa é que todos os quartéis de Santa Catarina estejam com a nova pintura até setembro de 2026, quando o CBMSC celebra seu centenário. Com informações: Karla LobatoImagens: Divulgação CBMSC / Assessoria de Imprensa CBMSC
SANTA CATARINA TEM A MELHOR DISTRIBUIÇÃO DE RENDA DO PAÍS, APONTA IBGE
Estado registrou o melhor desempenho do país no Índice de Gini em 2024 – Foto: Jonatã Rocha/SecomGOVSC Santa Catarina tem a melhor distribuição de renda do país, conforme dados da Síntese de Indicadores Sociais divulgada pelo IBGE na última quarta-feira, 3. A pesquisa mostra que o estado tem o melhor desempenho entre as 27 unidades da federação no Índice de Gini, que mede a distribuição de rendimento domiciliar per capita. Ou seja, Santa Catarina tem a menor desigualdade de renda do país. De acordo com dados do IBGE, que avaliaram o cenário de 2024, o Índice de Gini no estado ficou em 0,430. O segundo melhor resultado do país é dividido entre Rondônia e Mato Grosso, ambos com 0,442. A média nacional ficou em 0,504. Veja a lista completa abaixo. “Nossa gestão olha com carinho pra todas as regiões de Santa Catarina. Todas precisam se desenvolver, e em todas elas é preciso dar oportunidades pras pessoas. Não tem essa que o Litoral é melhor porque tem praia. Nossos programas chegam a todos os lugares. É Estrada Boa, é ofertando mais serviços de saúde no interior, é oferecendo programa de crédito pro pequeno empreendedor, é incentivando a indústria a se instalar longe da Capital. Assim fazemos a economia local crescer, gerando emprego e renda para todos”, destacou o governador Jorginho Mello. O IBGE calcula o Índice de Gini medindo a relação entre a distribuição de rendimento verificada e a igualdade perfeita de renda. O indicador vai de 0 a 1, sendo que o 0 representa a igualdade perfeita e, quanto mais alto (próximo de 1), maior é a concentração de renda e, portanto, a desigualdade. “Santa Catarina tem uma história marcada pela pequena e média propriedade rural e industrial, com polos econômicos descentralizados e muita força do cooperativismo. Essa tradição dá condições para que o estado tenha a melhor distribuição de renda do país. É preciso destacar que esse cenário é muito positivo porque garante mais poder de compra ao catarinense, o que estimula o consumo e, portanto, gira toda a roda da economia”, afirma o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviços, Silvio Dreveck. Desempenho positivo em áreas sociais Além de ter a melhor distribuição de renda do Brasil, Santa Catarina acumula outros destaques nacionais. O estado tem a menor taxa de pobreza e extrema pobreza, também calculado pelo IBGE, assim como a menor taxa de desemprego, de apenas 2,3%. Santa Catarina ainda registra rendimento per capita acima da média nacional e a menor participação no programa Bolsa Família. “Os números mostram que Santa Catarina é um exemplo para o Brasil. Aqui, a soma de trabalho, coragem, inovação e apoio do Governo do Estado é fundamental para criar uma sociedade próspera e com alta geração de oportunidades. Não por acaso Santa Catarina é o estado mais procurado para se viver e trabalhar”, acrescenta Silvio Dreveck. Índice Palma reforça menor desigualdade em Santa Catarina O Índice Palma, divulgado junto à Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, também coloca Santa Catarina com a menor desigualdade de renda do país. O indicador avalia a proporção do rendimento dos 10% mais ricos em relação aos 40% mais pobres. Em Santa Catarina, o índice ficou em 2,17 no ano de 2024, o menor entre as 27 unidades da federação, ante média nacional de 3,31. Na sequência estão Rondônia (2,32) bem como Mato Grosso (2,34). Os estados com maior concentração de renda, conforme o índice Palma, são Distrito Federal (4,28), Pernambuco (3,84) e Roraima (3,74). === Com informações: Murici Balbinot | Assessoria de Comunicação Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços
COLISÃO ENTRE CARRO E CAMINHÃO NA BR-282 DEIXA UM FERIDO
Vítima foi socorrida e conduzida ao Hospital Regional do Oeste O Corpo de Bombeiros Militar atendeu, na manhã deste domingo (07), um acidente de trânsito envolvendo um automóvel e um caminhão na BR-282, em Linha Sede Figueira, em Chapecó. A ocorrência foi registrada por volta das 6h27min. No local, foi confirmada a colisão entre um GM/Classic e um caminhão. O carro estava sobre as quatro rodas, ocupando a pista. O motorista, um homem, que não portava documentos, foi encontrado consciente e orientado, porém encarcerado dentro do veículo. Ele relatava dores no tórax e no membro inferior direito. Os bombeiros realizaram avaliação, gerenciamento dos riscos e estabilização do automóvel. A equipe acessou o interior do veículo e optou pela extração em ângulo de 30°, utilizando a técnica da “grande porta”. Após a retirada, o motorista foi entregue ao SAMU para continuidade do atendimento. A Polícia Rodoviária Federal ficou responsável pela segurança da cena. Foto: Divulgação/CBMSC
HOMEM DE 41 ANOS É MORTO APÓS AGRESSÃO EM CAMPO ERÊ
Discussão entre os envolvidos teria motivado o crime Um homicídio foi registrado na noite de sábado (06), por volta das 20h55, na Rua Vereador Darcy Roman, no bairro Cohab, em Campo Erê. A ocorrência foi atendida pela Polícia Militar, após a chegada de um homem de 41 anos ao hospital com um ferimento grave no peito. De acordo com a PM, a vítima apresentava uma perfuração compatível com disparo de arma de fogo ou arma de pressão, atingindo diretamente o coração. Mesmo com o atendimento imediato da equipe médica, o homem não resistiu e veio a óbito pouco depois de dar entrada na unidade de saúde. O suspeito do crime, um homem de 46 anos com histórico de passagens policiais por lesão corporal e dano, fugiu logo após o ocorrido. As guarnições realizaram buscas na região, porém o suspeito não foi localizado. Segundo as autoridades, a motivação do crime estaria ligada a um desentendimento entre a vítima e o suspeito. O caso agora segue sob investigação da Polícia Civil, que busca esclarecer as circunstâncias e identificar a dinâmica do fato. Foto: Arquivo/Rádio Chapecó
CARRO E CAMINHONETE COLIDEM DE FRENTE NA SC-155
Bombeiros e SAMU atenderam cinco vítimas O Corpo de Bombeiros Militar atendeu na noite deste sábado (06) uma colisão frontal entre um veículo GM/Celta e uma caminhonete Ford/F1000 na SC-155, próximo à entrada do colégio agrícola La Salle, em Xanxerê. No local, o Celta foi encontrado sobre a pista com um ocupante fora do veículo, enquanto a caminhonete estava fora da via com quatro pessoas a bordo. O condutor do Celta, homem de 41 anos, apresentava suspeita de fratura no membro inferior esquerdo, estava desorientado e com sinais de possível hemorragia interna. Ele recebeu atendimento, foi imobilizado e encaminhado ao Hospital Regional São Paulo (HRSP). Na caminhonete, o motorista, homem de 52 anos, não sofreu ferimentos e recusou encaminhamento. Um carona, adolescente de 17 anos, tinha ferimento no membro inferior direito e abrasões no joelho, mas também recusou ser levado ao hospital. Outra ocupante, mulher de 42 anos, apresentava ferimentos no rosto, suspeita de fratura no braço direito e dores no quadril, sendo encaminhada ao HRSP pelo Samu. Foto: Divulgação/CBMSC A quarta ocupante, mulher de 24 anos, tinha abrasões nos membros superiores e inferiores e igualmente foi levada ao hospital para avaliação. Após o resgate e transporte das vítimas, equipes da Polícia Militar e Polícia Militar Rodoviária auxiliaram na limpeza da pista, retirada dos veículos e liberação da via.
APREENSÃO DE PRODUTOS NA SC-160
PMRv localiza aproximadamente R$ 13 mil em mercadorias de descaminho A Polícia Militar Rodoviária apreendeu cerca de R$ 13 mil em mercadorias na tarde do último sábado (06), por volta das 16h, durante abordagem na SC-160, km 2,700, em Campo Erê. Conforme a guarnição, o veículo Ford/Ka emplacado em Pinhalzinho era conduzido por um suspeito que relatou ter ido a Foz do Iguaçu, onde teria adquirido produtos no Paraguai. Durante a vistoria, os policiais encontraram cinco aparelhos celulares modelo iPhone, um relógio smartwatch e cerca de vinte memórias portáteis escondidas no veículo. O material foi lacrado e encaminhado à Receita Federal. O caso foi enquadrado como descaminho, previsto no artigo 334 do Código Penal. Após orientação, o suspeito e o veículo foram liberados no local. Foto: Divulgação/PMRv
VIOLÊNCIA E CENSURA AFETAM NOVE EM CADA DEZ PROFESSORES BRASILEIROS
Constata pesquisa do ONVE da Universidade Federal Fluminense Nove em cada dez professores e professoras da educação básica e superior do ensino público e privado de todo o país já foram perseguidos diretamente ou presenciaram perseguições e censura contra profissionais da educação. O dado consta da pesquisa inédita A violência contra educadoras/es como ameaça à educação democrática, realizada pelo Observatório Nacional da Violência Contra Educadoras/es (ONVE), da Universidade Federal Fluminense (UFF), em parceria com o Ministério da Educação (MEC). Participaram do levantamento 3.012 profissionais da educação básica e superior do ensino público e privado de todo o país. O coordenador da pesquisa, professor Fernando Penna, da UFF, explicou à Agência Brasil que o trabalho teve como foco principal violências ligadas à limitação da liberdade de ensinar, tentativa de censura, perseguição política, embora tenha envolvido também a possibilidade de o professor registrar caso de violência física, embora esse não fosse o foco do relatório. De acordo com Penna, o objetivo do trabalho foi identificar violências no sentido de impedir o educador de ensinar uma temática, de usar um material, ou seja, perseguição política. “É mais uma censura de instituições em relação aos professores. E não são só instituições. Entre os agentes da censura, estão tanto pessoas dentro da escola, quanto de fora, figuras públicas”, informou. Censura Segundo o professor, um primeiro “dado preocupante” constatou que a censura se tornou um fenômeno disseminado por todo o território brasileiro e em todos os níveis e etapas da educação, englobando não só o professor, em sala de aula, mas todos que trabalham com educação. A pesquisa mostrou um percentual alto de professores vítimas diretas da violência. Na educação básica, o índice registrou 61%, e 55% na superior. “Na educação superior, foi 55%, um pouquinho menor, mas, ainda assim, está acima de 50%”, destacou Penna. Entre os educadores diretamente censurados, o levantamento constatou que 58% relataram ter sofrido tentativas de intimidação; 41% questionamentos agressivos sobre seus métodos de trabalho; e 35% enfrentaram proibições explícitas de conteúdo. Os educadores também relataram casos de demissões (6%), suspensões (2%), mudança forçada do local de trabalho (12%), remoção do cargo ou função (11%), agressões verbais e xingamentos (25%), e agressões físicas (10%). Temáticas Fernando Penna analisou que os dados mostraram ainda que a violência e a censura já estão enraizadas no Brasil, nas instituições de educação básica e superior. “Isso é preocupante porque a gente está falando aqui de temáticas obrigatórias”. Ele citou, como exemplo, o caso de uma professora do interior do estado do Rio de Janeiro, cujo um colega, durante a pandemia da Covid 19, pegou um material do Ministério da Saúde, com orientações sobre medidas sanitárias e a importância da vacinação, mas foi impedido sob argumento de “doutrinação”. “E quando ele foi entregar isso à diretora da escola, ela disse para ele que na escola não ia ter doutrinação de vacina”. A pesquisa identificou ainda professores proibidos de tratar, na sala de aula, temas como o da violência sexual, em que alerta o aluno sobre o fato desse tipo de violência ocorrer dentro de casa. “E é depois de algumas aulas na escola sobre orientação sexual, gênero, sexualidade, que esse jovem que tem uma violência naturalizada acontecendo no espaço privado denuncia o autor disso”, explicou Pena, ao ressaltar a importância de o tema ser tratado no ambiente escolar. “Mas essa temática, que é a discussão dos temas envolvendo gênero e sexualidade, é que os professores mais indicaram como sendo o motivo da violência que eles sofreram”. O professor disse ainda que o estudo deixa claro que essa violência não impacta só os educadores, mas a liberdade de ensinar e a liberdade de aprender. “Estudantes estão deixando de discutir temáticas vitais para a sua formação”, acrescentou. Outro exemplo de tema óbvio, que é motivo de questionamentos de pais contra professores de ciência, é o da teoria da evolução. Alguns preferem que se discuta dentro da escola o criacionismo e não a teoria da evolução. “Então, professores que tentam fazer o trabalho de levar o conhecimento às crianças e adolescentes acabam sendo demitidos, transferidos”. A proporção de professores que passaram diretamente por esse tipo de violência ficou em torno de 49% a 36%. A maior parte dos educadores disse que o episódio ocorreu quatro vezes ou mais. Segundo o levantamento, os temas que motivaram o questionamento à prática do educador foram liderados por questões políticas (73%), seguidos por questões de gênero e sexualidade (53%), questões de religião (48%) e negacionismo científico (41%). Polarização A pesquisa pediu também que os educadores respondessem os anos que essa violência ocorreu, “porque uma das nossas hipóteses é que essa violência tem relação com a polarização política que nós vivemos. E quando eu falo polarização, eu estou dizendo extrema direita, extrema esquerda. É uma polarização assimétrica entre uma extrema direita e uma centro-esquerda, no máximo”. “Os dados configuraram um gráfico que revela que a violência contra educadores sobe a partir de 2010 e tem um pico em 2016, em 2018 e em 2022, que são os anos do ‘impeachment’ e de duas eleições presidenciais”, destacou Penna, frisando que essa “tensão política que o país vive está, infelizmente, entrando nas escolas”. Agentes da violência Quando perguntados sobre quem foram os agentes da violência, os educadores citaram os próprios membros da comunidade interna da escola ou da universidade. Ou seja, a própria direção, coordenação, membros da família, estudantes. “Isso é muito grave porque traz um dado de pesquisa que mostra que essa violência pode ter partido de figuras públicas, de uma atenção política mais ampla, mas, infelizmente, ela já está dentro das comunidades educativas”. A pesquisa identificou que são os próprios membros da comunidade educativa interna que estão levando essa violência para dentro da escola, liderados pelos profissionais da área pedagógica (57%), familiares dos estudantes (44%), estudantes (34%), os próprios professores (27%), profissional da administração da instituição (26%), funcionário da instituição (24%) ou da secretaria de educação (municipal ou esta- dual) ou reitoria, no caso das universidades (21%). Perseguição De acordo com o coordenador do estudo,