“SONHO BALSEIRO” É A GRANDE CAMPEÃ DO 2º BALSEIROS DA CANÇÃO NATIVA

O evento iniciou na sexta-feira e a grande final ocorreu no sábado

Um chamamé venceu a segunda edição do festival de música nativista recebendo o troféu “Balseiros” e o prêmio máximo do evento de R$15 mil. A canção foi interpretada por Antônio Carlos Soares e o grupo argentino Los Nuñes, escrita por Jackson Guanaco de Ley e musicada também por Antônio Carlos Soares.

O evento iniciou na sexta feira (22) com a apresentação de 18 canções, das quais 14 foram classificadas para a grande final no sábado (23). Destaque especial para o público que acompanhou o evento no salão nobre do Centro de Cultura e Eventos de Chapecó (SC). Cerca de 80 artistas passaram pelo palco de forma especial emocionando e fazendo vibrar a plateia.

A abertura contou com o show do grupo composto por músicos pertencentes a Confraria Musiqueira, promotora do evento, e com a participação dos integrantes da comissão avaliadora do festival.

Um dos momentos mais emocionante da noite foi a homenagem ao Sr. Luiz Portilho, com 101 anos, que exerceu o oficio de balseiro desde seus 14 anos seguindo os passos do pai e do irmão mais velho. O homenageado recebeu pessoalmente um troféu de reconhecimento ao valoroso trabalho realizado. Outro balseiro condecorado foi o Sr. Arcides Mezomo, 84 anos, que aos 18 anos iniciou a sua trajetória nas balsas realizando viagens do Goio-En até São Borja.

Os reconhecimentos alcançaram, também, pessoas que contribuíram com a cultura gaúcha. Paulo Raimundo foi pioneiro no tradicionalismo na capital do Oeste Catarinense e dedicou 60 anos ao rádio e a comunicação. Siegfried Lehrbach foi lembrado pela criação do Canto das Pitangas, um evento que comemora 35 anos e reúne artistas e apreciadores da música nativista em Mondaí. O nome de Valderi José Tonin (in memoriam) foi lembrado por sua trajetória no tradicionalismo de Chapecó e seu envolvimento na criação do projeto “Memórias dos Balseiros”, que deu origem ao festival.

O troféu de 2º lugar “Siegfried Lehrbach” e a quantia de R$ 10 mil ficou com a milonga “Gaioteiro”, interpretada por Daniel Silva, letra de Dudi Marafigo e Arthur Almeida. Já o 3º lugar recebeu o troféu “Paulo Raimundo” e a premiação de R$ 5 mil e foi entregue a canção “Alma Doce do Rio”, interpretada e musicada por João Paulo Deckert e Nando Soares e letra de Henrique Fernandes.

A música mais popular foi escolhida através de votação durante a transmissão do festival. A conquista foi de “Pés Descalços”, letra de Túlio Souza, música de Jean Kirchoff e interpretação de Ângelo Franco. O troféu levou o nome de Valderi José Tonin, uma homenagem póstuma.

Uma novidade da edição foi a inclusão de duas novas premiações.  O 4º Lugar ficou com a canção “Sobrenomes por Ofício”, letra de Leonardo Quadros e Paulo Dias Garcia, música de Guilherme Castilhos em parceria com Leonardo Quadros e interpretada por Flávio Hansen. Já o 5º lugar fico chamamé “Rancho Dormido”, letra de Tadeu Martins, música de João Bosco Ayala e interpretação de Robledo Martins, Alex Moreira e Kiko Martins.

Foram premiadas outras categorias como: Melhor Melodia “Alma Doce do Rio”; Melhor Intérprete para Daniel Silva intérprete da canção “Gaioteiro”; Melhor Instrumentista à Guilherme Castilhos na canção “Sobrenomes por Ofício”; Melhor Arranjo Vocal para “Vejo Flores em Você”; Melhor Arranjo Instrumental para a milonga “Quando se Vai um Poeta”. Melhor Letra para a milonga “Porongo”. Para encerrar a premiação, a canção que melhor representou a temática central do festival, recebendo o troféu de Melhor Tema foi a canção “A Viagem”, autoria de Sandoval Machado. Os troféus foram criados e confeccionados pelo artista plástico Xiko Bracht.                                           

A comissão avaliadora, responsável pela difícil missão de escolher os melhores do festival foi composta por Taine Schettert, Gabriel Oliveira, Marco Damasceno, Cláudio Patias e Rafael Simioni.

O festival já faz parte do calendário oficial do município e a Confraria Musiqueira, idealizadora do projeto “Memórias dos Balseiros” através do seu presidente, Milton Hoff, já anunciou a realização da terceira edição do festival em 2026. Milton complementa dizendo que “o sentimento é de dever cumprido, a união entre a Confraria Musiqueira, o poder público e o empresariado foi fundamental para a realização do antigo sonho de todos nós”. O evento teve apoio da Prefeitura Municipal e Secretaria de Cultura e realizado por meio de incentivo cultural do Ministério da Cultura através da Lei Rouanet. Para ver a finalíssima do festival acesse o link

https://www.youtube.com/live/TnnXNr3lwAI?si=QYE9aL1s_IrnboFv  . 

Crédito da foto: Cláudia Schuster

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